27 dezembro 2016

NATAL da União


Natal sem neve não é Natal. É o que muitos dizem a propósito desta quadra festiva.
A noite esgueirava-se devagar no seu silêncio por entre as luzes ainda acesas, dando lugar, pouco a pouco, ao Sol que lá ao longe tentava erguer-se e aparecer radioso no cimo das encostas, afugentando a névoa ainda sonolenta.




Na já tradicional festinha de Natal que a União Progressiva vem fazendo há décadas não houve neve. Mas houve calor humano, fraternidade, solidariedade, amor, alegria e boa disposição.
Foi no passado domingo, 11 de Dezembro, após a missa dominical.
O primeiro piso do Centro de Cultura e Convívio recebeu todos aqueles que se quiseram associar a esta iniciativa da União Progressiva. Sentiu-se a falta daqueles que nos deixaram mas que a saudade e a lembrança não deixam esquecer.
Assembleia e Junta de Freguesia, colectividades congéneres e um grupo animado e colorido do Góis Moto Clube marcaram presença no convívio, e trouxeram, mais uma vez, prendinhas para os mais pequenitos.









Depois do lanche, em que destacamos os excelentes bolos oferecidos por associadas da União, fez-se a entrega sempre tão esperada das prendas.








Da parte da tarde e como também já vem sendo hábito, deslocámo-nos à Cabreira, para na Unidade Residencial Sagrada Família, convivermos alguns momentos com os seus utentes e entregar-lhes uma pequenina lembrança.






A Direcção   

17 dezembro 2016

FERNANDO COSTA NA REVISTA ARGANILIA



Conforme noticiado, acaba de sair um número da Revista Arganília dedicado à imprensa pampilhosense. Inclui um artigo sobre Fernando Costa, um colmealense que foi colaborador de “O Correio da Serra” e outros órgãos de comunicação regional e local.

Fernando Costa

Trata-se de um artigo muito interessante, da autoria António Domingos Santos, presidente da direção da União Progressiva da Freguesia do Colmeal (UPFC). Nele reencontramos Fernando Costa regionalista e jornalista – duas vertentes indissociáveis no seu percurso e ação -, mas igualmente a pessoa e, em breves referências, o autarca e o pintor. Encontrando, em simultâneo, de modo explícito ou implícito, a história do Colmeal e dos colmealenses, do regionalismo e da UPFC, das conquistas dos que o berço não bafejou e o que alcançaram foi lutando. Na realidade, um artigo muito denso e versátil sobre a versatilidade de Fernando Costa, no amor e na dedicação com que se entregou à causa da melhoria das condições de vida na terra e na região onde nasceu. Procurando sempre a superação e a valorização cultural. Dizia-me, um dia, com a irreverência e o inconformismo que lhe eram conhecidos: “quando me envolvo em qualquer coisa, desde o regionalismo, à escrita e à pintura, é porque acredito em algo: ou acredito em mim próprio ou naquilo em que me envolvo”.

O artigo é fruto da experiência e de uma intensa pesquisa do autor sobre o espólio de Fernando Costa, sendo muito informativo e abrangente, na medida em que contempla aspetos biográficos, factuais e processuais, por exemplo, sobre o modo de escrever de Fernando Costa. Em relação às muitas fotografias que o ilustram, gosto particularmente da intitulada “Subindo a Rua do Carmo”, que mostra o nosso conterrâneo jovem, de pasta na mão, a subir a dita rua com o braço apoiado no ombro acolhedor de Maria do Carmo, sua esposa. 

No plano da forma, o estilo é apelativo e cativante, suscitando o envolvimento emocional e a visualização das situações. Quando o autor diz “Preparava-se para abandonar a fase primitiva do gatinhar pelas escuras tábuas do sobrado” (p. 157), eu vejo, ouvindo receosa o ranger das tábuas, Fernando Costa menino prestes a despedir-se triste da casa que o viu nascer; quando fala da “sua estafada máquina de escrever” (p.186), eu sinto comovida o protagonista cansado de tanto labor e empenho, prestes a regressar, insatisfeito e algo desiludido. Finalmente, diria que o trabalho evidencia ter sido elaborado por alguém que acompanhou a trajetória do amigo e companheiro, do regionalismo e da sua evolução. E que conhece bem a cidade de Lisboa e os seus recantos, como aquele largo “com a estátua do poeta zarolho mas de enorme visão” (p. 160) ou o bulício dos bairros antigos, nos distantes meados do século passado.

António D. Santos

Com o artigo agora publicado, António Domingos Santos presta homenagem a Fernando Costa – imagino que em seu nome pessoal, da UPFC e de todos nós –, contribuindo para o reconhecimento da sua personalidade e ação cívica; ao mesmo tempo, escreve, como disse antes, a história do Colmeal e das suas gentes, elevando a autoestima e engrandecendo o respetivo património cultural.

O destaque que a Arganilia confere ao artigo, mencionando-o com fotografia na capa, é muito prestigiante, atestando a relevância do papel de Fernando Costa e do artigo de António Domingos Santos em si próprio. Parabéns pela pesquisa, pelo trabalho e pela preocupação de preito e registo da memória, cimento identitário do presente e do futuro. Obrigada pela generosidade. 

Lisete de Matos
Açor, Colmeal, Dezembro de 2016

14 dezembro 2016

BELEZAS E RIQUEZAS DA SERRA. POETAS


Recentemente, encontrei um livrinho que tinha perdido, de tão estimado que o guardava com outras preciosidades. Trata-se de “Canção Popular”, da autoria de Manuel Alves Caetano Júnior (Figueira da Foz, 1954).

Manuel Alves Caetano Júnior nasceu no Sobral, Colmeal, em 1883, sendo filho de Manuel Alves Caetano e de Maria dos Prazeres, tia do meu avô paterno José Martins, que também era do Sobral. Daí a dedicatória: “Pela consideração que tenho por meu primo José Martins, ofereço-lhe este livro em 9 de Junho de 1954. a) Manuel Alves Caetano Júnior”. Era tio-avô de Fernando Pinto Caetano, em cujas “Gentes e Famílias da Freguesia do Colmeal” colhi a informação genealógica, e avô de Lucinda Jordão, que me facultou a fotografia. Obrigada.

Reli o livro enternecida, pelo encanto de que se reveste, mas também devido ao contacto que me permitia com familiares que gostaria de ter conhecido. Dessa obra, que vale a pena ler, enquanto expressão poética do autor e testemunho de um tempo, transcrevo duas produções relacionadas com a serra e a terra.


AMOR À TERRA NATAL
Embora que pelo mundo
Eu ande longe de ti,
Tenho cá bem no fundo
Ó terra onde nasci!

Eu amo as serranias,
Delas sou, tenho amor
A’s paisagens bravias,
Aos matagais em flor.

Gosto sim da minha terra,
De seus vales e oiteiros,
‘Té dos ‘scarpados da serra
Onde as águias têm poleiros.

Assim como as aves têm
Muito amor aos seus locais,
Como elas sou também
E não só, também os mais.

SAUDADE
Na aba da serra umbrosa
Que daqui velo além,
Fui criança venturosa
Lá junto da minha mãe.

Já lá vão que largos anos,
Que perdi aqueles amores,
Meus pais que eram serranos
E ambos eram pastores.

Ó fado, como é triste
Já lá não ter doce abrigo!
Nem sequer já lá existe
Meu rafeiro tão amigo!

À face desta idade
Como outra foi ditosa,
Infância e mocidade
Na aba de serra umbrosa!


A tendência poética e a arte de versejar são transversais a muitas sociedades, entre as quais a portuguesa, e a poesia precede a prosa praticamente em todas as literaturas. Apesar desta regularidade, continuo a reagir comovida e espantada perante o talento e a sensibilidade dos que agarram a escrita e escolhem a poesia, mais ou menos popular ou erudita, para exercer a palavra e intervir, proporcionando aos outros emoção e fruição estética e intelectual.

Na realidade, se a poesia e os poemas são a arte de deleitar pelo uso metafórico e conotativo da linguagem e das ideias, se configuram manifestação de beleza e sugestão estética, então, eu vejo e admiro os poetas como autênticos feiticeiros de ingredientes que transformam na poção mágica e regeneradora que a poesia pode ser. Pois não combinam incorporando, no caldeirão fundo da sensibilidade e da inteligência, estados de alma e sentimentos com a reflexão sobre temas, usando a imaginação e a multiplicidade dos recursos linguísticos? Dom fascinante, notável capacidade de trabalho!

Cingindo-me ao Colmeal, falo de Manuel Alves Caetano Júnior, que também pintava, mas igualmente de Felisbela de Almeida Fontes, José Fernandes de Almeida e Josefina Almeida. São poetas diferentes, do ponto de vista dos estilos e géneros dominantes, mas têm em comum alguns temas, sendo mais e menos intimistas ou hétero e sociocentrados. Com produções de juventude ou pontuais ocorrem-me, ainda, os nomes de José Martins Nunes, oriundo de Ádela e Armando Jacinto de Almeida, natural do Açor, que há tempos me enviou uns versos deliciosos sobre a intrépida aventura da nossa ida à escola, nos remotos anos cinquenta do século passado.


Felisbela de Almeida Fontes é natural de Ádela, Colmeal. Sempre gostou de escrever e começou a fazê-lo bem jovem para “O Colmeal”, o jornalinho a desempenhar o papel de estímulo à escrita, enquanto servia de laço de união entre os colmealenses que iam e ficavam! “Quando não tínhamos notícias e o padre Fernando insistia, fazíamos uns versos”.
Felisbela de Almeida Fontes, a que o blogue http//upfc-colmeal-gois.blogspot. pt e outros meios de comunicação já se referiram, publicou as seguintes obras:
- “Beira Serra meu Portugal escondido”. Ed. da autora, 2012;

- “Um Sonho na Madrugada”, Editorial Minerva, 2011;

Integra as seguintes coletâneas:

- “Poiesis - Antologia de Poesia e Prosa Poética Portuguesa e Contemporânea”, Vol. XX, Lisboa, Editorial Minerva, 2011;

- “Poética. Antologia da poesia e prosa poética portuguesa contemporânea”, vol. I, Lisboa, Editorial Minerva, 2012;

- “Poética. Antologia da poesia e prosa poética portuguesa contemporânea”, vol. III, Lisboa, Editorial Minerva, 2013.


OBRIGADA
Há coisas belas no mundo,
Que nos tocam cá no fundo,
Que dão lugar a uma história,
Que se escrevem ou se pintam,
Ou se retêm na memória.
De muitas, duas na ideia:
De Ulisses a Odisseia,
Que o grande Homero contou;
De ti as mil maravilhas,
Que a minha alma encontrou.
Mil folhas de louro, hera,
Cravos e rosas vermelhas,
Boninas, lilás silvestre;
Recebe isto, pois de mim,
Pelo amor que me deste.

PASTOR
I
Pastor destas serranias,
Que ao teu gado dás sustento,
Nos montes nascem-te os dias,
E sempre ao rigor do tempo.

II
Cantando por esses montes,
Olhando cada colina;
Beber em todas as fontes,
Água pura, cristalina.

(…)
V
Agora os montes são mudos,
Ao gado não dão comida,
Trocaste-los por estudos,
Serras lindas, tão sem vida.

VI
Chocalhos dantes, que agora,
Num canto adormecido,
Com saudades de outrora,
Seu timbre solta um gemido.

VII
Adeus aldeia, adeus gado,
Vou procurar melhor pão,
No presente está o passado,
Nas marcas que não se vão.


José Fernandes de Almeida foi nascer a Lisboa, mas passou a infância em Ádela, Colmeal, de onde se afirma pertença: “Sepultai-me longe da cidade que me viu nascer / Sepultai-me na aldeia que me viu crescer” (“Quando eu morrer”, in “Metamorfose …”). Começou a escrever quando frequentava a escola, e sempre gostou de o fazer. O primeiro poema - “É tempo” - escreveu-o aos dezoito anos. Tanto pode não escrever, como fazê-lo sem parar. “A pessoa vê um assunto e interessa-se. Inspiram-me especialmente os temas históricos e religiosos”.

O autor publicou:

- “Metamorfose. Desespero, Poesia, Esperança!”, Lisboa, ed. do autor, 1983;

- “Cadernos Poéticos de um Pedregulho”, Lisboa, ed. do autor, 2003.

Atualmente publica em “O Varzeense” (Vila Nova do Ceira, Góis) e, anteriormente, publicou em “O Jornal de Arganil e na revista Arganília (Arganil).


ROUBARAM A BOLA QUE OUTRORA HAVIA
O mundo era imenso no espaço a girar
Todo o sonho livre o podia espreitar
planícies, montanhas, mar que emergia
todo o sonho livre pressentia harmonia;
o mundo era bola em jardim a saltar
que toda a criança podia agarrar,
quando ela pulava cada um corria
bola de todos que a nenhum pertencia!

Mas alguém se lembrou de a bola riscar
E logo outros loucos foram imitar,
Uma porção de traços na bola surgia
Infinito de mãos sobre ela caía
Dividindo a bola que era de jogar,
Hoje o mundo é fronteiras, longe a vogar
E no jardim das crianças morreu a alegria
Pois roubaram a bola que outrora havia!...

A MINHA MÃE
A minha mãe é terra, arado e vento
É semente, é leira e é levada.
É milho, é pomar e é salada
É vide, eira, forno e fermento;

E minha mãe é berço, é crescimento
É caminho, cansaço e pousada,
É praia, utopia, gaivota e fada
É caravela, lágrima e lamento;

A minha mãe é poema enaltecido
É escola e conselho permanente,
É um sempre abraço espargido;

A minha mãe é mar, sabiamente
É verde de Esperança florido,
É um anjo a crescer, eternamente!...


Josefina Almeida é natural de Açor, Colmeal. Começou a escrever para exorcizar sem magoar, as mágoas e dores que a entristeciam. “Para escrever tenho de estar magoada”. Escolhidos o papel como confidente e a poesia como desiderato, primeiro escrevia e deitava fora, depois começou a guardar.

A autora tem poemas publicados no Boletim Cultural do Círculo Nacional d’Arte e Poesia e nas seguintes coletâneas:

- “Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea”, quatro edições, Edições Orpheu, Lisboa, 1988, 1989, 1990, 1991;

- “Antologia de Poesia Erótica Contemporânea, Edições Orpheu, Lisboa, 1989;

- ”XII Antologia do Círculo Nacional d’Arte e Poesia”, Lisboa, 2012;

- “Poética. Antologia da poesia e prosa poética portuguesa contemporânea”, vol. III. Lisboa, Editorial Minerva, 2013.

Nesta qualidade, integra o “Dicionário de Autores da Beira Serra”, de João Alves das Neves, Lisboa, Dina Livro, 2008, p. 31.

Josefina Almeida também pinta a óleo, acrílico e bordado matiz. Expõe desde 2004 e integra as “Imagens de Góis” em http://concelhodegois.weebly.com, da autoria de João Nogueira Ramos. Referem-se-lhe vários artigos publicados em http//upfc-colmeal-gois-blogspot.pt e em órgãos de comunicação locais.


MÃE NATUREZA
Aqui quase me sinto ainda pequena.
Em tristezas não mais quero cismar,
Apenas sentir o cheiro de açucena
E minha alma soltinha a divagar.

Entre raios de Sol que o rosto ilumina
Transbordando de alegria e crença,
A vida é bela, e como nos fascina,
De vivê-la sentimos vontade imensa.

Por aqui há flores que enchem espaços
E, de rocha em rocha, águas cantantes,
Homens e mulheres com força nos braços
E rostos sorrindo, de ternura cativantes.

Aqui no meio do mato e nestas serras,
Penso que todos sentimos esta beleza,
Para mim é viver alegres Primaveras,
Nesta paz infinita, mãe natureza.

SENHOR
Dá-me tempo Senhor
Para reparar no tempo,
No sol, na lua
E até no vento.
Na chuva que cai,
Com pezinhos de lã
Sempre tão fria,
Logo pela manhã.
Olhar a neve
Em farrapinhos,
Gelada também
Forma montinhos.
Ver as nascentes
Que abraçadas
Formam ribeiras
Que limpam mágoas.
Para ver as serras
Dá-me tempo Senhor,
Para ver paz na terra
Alegria e amor.

Quatro poetas, quatro exemplos de audácia e diferença, de conquista do poder da escrita escrevendo. Quatro exemplos de “boa vontade cultural”, materializada na tenacidade com que perseguem os bens simbólicos que distinguem, na distinção e indistinção (social) ainda vigente. Uma honra e, ao mesmo tempo, uma pena, considerando o quase nulo apoio de que estes criadores têm sido objeto, refletido na prevalência das edições de autor e cofinanciadas. Até quando? A todos a minha homenagem e gratidão.

Bom seria que os muitos outros poetas e poetisas, seguramente existentes, dessem a conhecer o seu talento, desse modo nos valorizando e enriquecendo o património imaterial colmealense.

Lisete de Matos

Açor, Colmeal, dezembro de 2016.

05 dezembro 2016

NATAL no COLMEAL





A União Progressiva da Freguesia do Colmeal vai realizar a já tradicional festa de Natal para os mais pequenos e para a população residente.
Será no domingo, 11 de Dezembro, pelas 11 horas, no Centro de Cultura e Convívio. Após a celebração da missa dominical.

Momentos de convívio, de ternura, de alegria e também de alguma saudade.
Um pequeno lanche, preparado com o carinho habitual. Depois, os brinquedos.
O espírito de solidariedade que sempre caracterizou o Movimento Regionalista tem-nos permitido realizar desde há algumas décadas este fraterno convívio de Natal para os que vivem nas nossas aldeias.

A generosidade dos nossos associados e das entidades que sempre nos têm acarinhado tem sido fundamental para que possamos continuar a levar até aos mais novos e aos mais idosos um pouco de amizade e de carinho, assim como alegria e palavras de conforto.

Será para todos nós muito gratificante poder contar com a sua presença.
Esperamos por si!


UPFC 

02 dezembro 2016

FERNANDO COSTA – Regionalista e jornalista serrano



Foi-me solicitado há alguns meses que escrevesse para a arganilia, revista cultural da beira serra, um texto sobre Fernando Costa. O número deste ano seria dedicado à imprensa periódica pampilhosense.

Receei a princípio aceitar tão grande compromisso. Mas depois, compreendi que não seria justo, para quem tão generosamente em mim estava a confiar.
A amizade que durante décadas me ligou ao Fernando Costa, os laços familiares, o acompanhamento nas lides regionalistas, foram determinantes para que assumisse uma tarefa, que sabia de antemão, não iria ser fácil.
Era conhecedor do seu vasto espólio, da existência de inúmeros dossiers repletos de recortes da participação que manteve regularmente na imprensa regional, álbuns com fotografias, estudos, livros, documentos de pesquisa, esboços, etc.

Não me compete a mim apreciar ou fazer quaisquer comentários ao que coligi para este número da revista arganilia que já se encontra disponível.
Não foi tarefa fácil, como temia. Foi uma grande responsabilidade escrever sobre um Homem como Fernando Costa. Mas, ao mesmo tempo, uma honra enorme e um gratificante privilégio.

Agradeço à sua família todas as facilidades concedidas para que este trabalho fosse possível e muito especialmente à Dr.ª Lisete de Matos, pela confiança que em mim depositou e pela ajuda amiga em momentos de algum desânimo e desorientação.

A. Domingos Santos

A Revista Arganilia pode ser solicitada para:
Custa 15,00€ + portes de correio


30 novembro 2016

COLMEAL - A UNIÃO PROGRESSIVA VAI A S. TOMÉ



Depois do êxito com a “Redescoberta de Cabo Verde” em Julho passado, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal já prepara nova viagem, desta vez a S. Tomé. Uma viagem para os seus associados, familiares e amigos.
S. Tomé, com as suas belezas, tradições, sabores e odores espera-nos. Vão ser oito dias de sonho num “paraíso desconhecido”. De 21 a 29 de Julho de 2017.

Praias e roças, passeios pela cidade, excursões ao interior profundo, impressionantes quedas de água, os mercados tradicionais, a diversidade paisagística polvilhada de coqueiros e vegetação luxuriante. Pessoas simpáticas e acolhedoras que falam a nossa língua. Paisagens que só encontramos em postais ilustrados. Estes dias vão passar-se sem nos darmos conta de que teremos que regressar.




Foi-nos possível estabelecer com a Agência de Viagens um aliciante e favorável plano de pagamentos, a ser feito em mensalidades até 31 de Outubro de 2017.

Solicitamos o favor de confirmar a sua reserva o mais cedo possível, face à limitação do número de lugares, utilizando os contactos habituais: António Santos – 217153174/ 962372866 e Maria Lucília – 218122331/914815132 ou, por correio electrónico, para  upfcolmeal@netcabo.pt

PROGRAMA

21 Julho ( 1º dia – 6ª Feira ) | Lisboa – São Tomé
Em hora a indicar comparência no aeroporto de Lisboa. Formalidades e partida às 10h00m no voo TP 1527. Refeição a bordo. Chegada a São Tomé às 17h15m (duração da viagem=07h25m – paragem em Accra sem mudança de avião). Transfer ao Hotel Miramar by Pestana **** ou similar. Em hora a indicar partida para jantar em restaurante. Regresso ao hotel. Alojamento.  
Bem perto da costa da África Ocidental, poucas milhas a norte da linha do Equador, encontramos São Tomé e Príncipe. Descobertas pelos portugueses há mais de 500 anos e formadas pelo movimento da placa africana há mais de 80 milhões, estas ilhas onde o solo é fértil, a areia branca e a temperatura perfeita durante todo o ano, ainda são muito desconhecidas para a maioria dos portugueses.
  
22 Julho ( 2º dia – Sábado ) | São Tomé
Pequeno-almoço. Neste primeiro dia iremos começar a nossa descoberta pela capital de São Tomé, visitando os seus principais bairros, os seus monumentos e estabelecimentos administrativos, com o Museu Nacional no Forte de São Sebastião, Sé Catedral, os “ateliers” de artistas São-Tomenses, assim como o colorido e animado mercado, observando os locais a comprarem e a venderem mercadorias e onde os cheiros, sabores e cores imperam. Visita à fábrica de chocolate de Claudio Corallo, considerado por muitos especialistas o melhor chocolate do mundo, que fica situada no centro da vila. Almoço em restaurante. A meio da tarde regresso ao hotel. Em hora a indicar partida para jantar em restaurante. Alojamento.  

23 Julho ( 3º dia – Domingo ) | São Tomé
Pequeno-almoço. Início de visita à região Sul da Ilha de São Tomé, incluindo a Roça de Porto Alegre, passagem pelas praias do Sul, com destaque para a belíssima Praia Jalé, um santuário ecológico e local de desova para as várias espécies de tartarugas existentes no arquipélago, Praia Inhame, Praia Cabana. Passagem pelo Rio Malanza, ou Rio Malandro, como carinhosamente lhe chamam os locais, para ver a orientação da sua corrente alterar consoante as marés. Continuação, passando pela Cascata Pesqueira e pelo Rio Lô Grande. Chegada a São João de Angolares à Roça de São João para desfrutar de um almoço de degustação da autoria e inspiração do Chef João Carlos Silva, o proprietário da roça e famoso apresentador do programa “ Na Roça com os tachos “. Visita à roça de Água-Izé, Praia Micondó e à Boca do Inferno, onde se encontra um impressionante “géiser” natural. Regresso a São Tomé, capital da ilha. Jantar em restaurante. Regresso ao hotel. Alojamento.

24 Julho ( 4º dia – 2ª Feira ) | São Tomé
Pequeno-almoço. Dia livre para actividades a gosto pessoal. Em hora a indicar partida para jantar em restaurante. Regresso ao hotel. Alojamento.

25 Julho ( 5º dia – 3ª Feira ) | São Tomé – Ilhéu das Rolas – São Tomé 
Pequeno-almoço. Partida com destino ao Sul da ilha até Ponta Delgada, para embarque em lancha e partida para visita de dia inteiro com almoço ao Ilhéu das Rolas, famoso por ser o palco da linha física que assinala o grau zero da latitude do planeta. Aqui é possível observar um marco físico e o traçado onde o hemisfério norte e o hemisfério sul se encontram, bem como um marco afundado para que os mergulhadores o possam também assinalar. Tempo livre para desfrutar da maravilhosa praia de areia branca e fina, com os coqueiros inclinados que nos envolvem numa suave brisa e que nos fazem pensar: “ Que bem que se está no paraíso “. Regresso a São Tomé ao hotel ao final do dia. Jantar e alojamento.  

26 Julho ( 6º dia – 4ª Feira ) | São Tomé
Pequeno-almoço. Saída para a região Norte para visita às grandes roças onde se cultivava e produzia o cacau, com a sua arquitectura colonial e traçado caracteristicamente português. Destaque para as Roças Agostinho Neto, Bela Vista, Ponta Figo e Diogo Vaz, onde é possível fazer uma autêntica viagem no tempo e, recorrendo à imaginação, reconstituir o dia-a-dia dos trabalhadores das plantações de cacau. Continuação para Guadalupe, com passagem pela Vila das Neves, um importante porto industrial de São Tomé. Paragem em Anambó, local mítico onde desembarcaram a 21 de Dezembro (dia de S. Tomé) de 1470 os navegadores João de Santarém e Pêro Escobar que, a mando do Rei D. Afonso V de Portugal, exploravam a costa ocidental africana. Neste local é possível admirar o Padrão do Descobrimento, erguido a mando das autoridades regentes para assinalar o local de chegada dos navegadores portugueses a São Tomé. Continuação para Guadalupe para almoço. Regresso a São Tomé ao hotel e em hora a indicar saída para jantar. Regresso ao hotel e alojamento.

27 Julho ( 7º dia – 5ª Feira ) | São Tomé
Pequeno-almoço. Saída para visita à região central da ilha. O centro da ilha é o local mais verdejante da Ilha de São Tomé, e foi aqui que se iniciou a plantação de café a 800 metros de altitude, um pouco acima da pequena Vila de Trindade. Destaque para a Roça de Monte Café, a única plantação que cultiva a variedade arábica na ilha e onde é possível apreciar todas as etapas da transformação do grão. Visita também à Roça Nova Moca, que foi uma rica dependência da Roça Monte Café onde hoje se cultiva o cacau orgânico de excelência utilizado na produção dos chocolates Claudio Corallo. Passagem pela Cascata São Nicolau (visita condicionada às condições climatéricas), Jardim Botânico e Roça Bombaim. Almoço na Casa Almada Negreiros (antiga Roça Saudade). Regresso a São Tomé ao hotel e em hora a indicar partida para jantar de despedida, com pratos típicos, música ao vivo e danças tradicionais. Regresso ao hotel e alojamento.  

28 Julho ( 8º dia – 6ª Feira ) | São Tomé - Lisboa
Pequeno-almoço. Dia livre para actividades a gosto pessoal. Em hora a indicar transfer ao aeroporto. Formalidades e partida às 21h30m no voo TP 1528. Refeição e noite a bordo.

29 Julho ( 9º dia – Sábado ) | Lisboa
Chegada a Lisboa às 06h45m (duração da viagem=07h25m – paragem em Accra sem mudança de avião). Desembarque e recolha de bagagem. Fim da viagem.

PREÇO POR PESSOA | MÍNIMO 35 PARTICIPANTES
Quarto Duplo – Sócio/cônjuge:  1.687,00 € ( 1.385,00 € + 302,00 € )
Suplemento Não Sócio: 50,00 €; Suplemento Quarto Single:  375,00 €

SERVIÇOS INCLUÍDOS:   
* Passagem aérea na companhia aérea TAP ( TP ) : Lisboa – São Tomé - Lisboa em classe económica;
* Taxas de aeroporto, segurança e combustível no valor de 302,00 € (à data de 21.11.2016 e sujeitas a reconfirmação na altura da emissão das passagens aéreas);
* 7 noites de alojamento em regime pequeno almoço no hotel mencionado;
* 12 refeições ( 5 almoços + 7 jantares );
* Acompanhamento representante agência Unik durante toda a viagem;
* Autocarro de turismo conforme mencionado no itinerário, com acompanhamento guia local de idioma português;
* Visitas e entradas mencionadas no programa;
* Seguro de viagem;
* Carteira documentação com informação e mapa de viagem;
* Oferta Unik;
* Taxas hoteleiras, de turismo, serviço e IVA à data de 21.11.2016.

 SERVIÇOS NÃO INCLUÍDOS:   
* Quaisquer outros serviços não mencionados na coluna de “serviços incluídos”

 DOCUMENTAÇÃO:   
* Passaporte com validade de 6 meses à data da chegada a Portugal.

Os pagamentos deverão ser efectuados para a conta da União no Banco BPI
NIB 0010 0000 3254 3590 0015 4
IBAN PT50 0010 0000 3254 3590 0015 4

                                                                                                                       A DIRECÇÃO