30 julho 2012

GÓIS CONTRA A FUSÃO




“A maior parte dos municípios do país não deverá fazer qualquer proposta no âmbito da Reforma da Administração Local que aponta para a fusão ou extinção de cerca de 1500 freguesias em território nacional.

A dois meses e meio do fim do prazo obrigatório, o número de Assembleias Municipais que já se recusaram a enviar ao Parlamento um novo mapa fixa-se em 93 – mais de um terço dos concelhos forçados a uma fusão.”

in Semanário “Sol” nº 308 de 27 de Julho de 2012 


UMA BÊNÇÃO



Noventa e cinco anos. A fragilidade e os achaques próprios da idade e das marcas deixadas pelo tempo. Para trás, uma vida de abnegação e sacrifício, visando a felicidade e o bem-estar da família. Filho, marido e pai extremoso; primo, parente e amigo dedicado; cidadão responsável e exemplar; trabalhador precoce, esforçado e competente. Uma vida pautada por valores estruturantes e indeléveis, como a honestidade, a verdade, a lealdade, a solidariedade, a modéstia, a perseverança, o profissionalismo, o respeito pelos outros …

Levanta-se cedo e arranja-se, teimosamente evitando deixar-se vencer pela resistência dos botões à casa ou de um pé à bota. Com humor costuma dizer que “ou os botões ficaram grandes ou as casas pequenas”, com engenho, calça a bota com um alicate.

Prepara o pequeno-almoço, deslocando-se com a chávena na mão até ao microondas e o inverso. Faz o mesmo com a tigela da sopa ou uma chávena de café.

Cozinha, privilegiando os cozidos e grelhados, e usando o relógio para controlar os tempos de cozedura. Uma vez por semana, faz sopa, que distribui por doses e congela, para ir comendo ao jantar. Dia sim, dia não, cozinha para os cães enormes panelas de comida. Lava a loiça, limpa a casa. Muda a cama, e põe a roupa a lavar, recorrendo mais uma vez ao alicate para domar a rijeza do manípulo dos programas. 


Evitando as subidas, que já lhe custam, faz caminhadas matinais e vespertinas, seguido pelos cães amigos fiéis. 



Recentemente, cavou um pequeno terreno para horta, puxando com o ancinho a terra para cima, a fim de contrariar os efeitos da erosão sobre o solo inclinado. Seguidamente, enregou-o, ao mesmo tempo que ensinava à filha a melhor forma de dispor as alfaces. Ontem, fez uma estrutura de paus para amparar uns brincos-de-princesa floridos, hoje cortou, serrando encavalitado sobre a escada, as pernadas inúteis de uma macieira que transformou em lenha. De modo a potenciar o esforço, para além do machado, utilizou uma cunha e duas marretas. Quanta determinação!





Recentemente também, libertou as videiras das folhas em excesso e dos rebentos ladrões. Nada se devendo perder, foi-os recolhendo no saco grande que transportava consigo, como petisco para as cabras gulosas de uma vizinha! 

Antecipando e preparando o futuro, mantém limpas as estremas e visíveis os marcos das propriedades, tendo mandado fazer o respetivo levantamento por GPS, logo que o sistema começou a ser utilizado. 


Já não faz móveis, tripeças e outras peças de artesanato, mas as muitas que produziu testemunham a arte e o talento com que transformava materiais e velhos utensílios em novos, criando obras que espantam e encantam pela forma e funcionalidade.

Já não constrói paredes, mas elas abundam por aí, austeras e resistentes como ele, a falar da sensibilidade e do gosto com que as erguia, combinando e assentando com jeito as pedras desajeitadas que havia. “Deste lado andávamos eu por dentro e o “ti” Francisco por fora, daquele, o teu tio António e o “ti” João …. A pedra veio de perto da Fonte do Açor … Às costas, claro!, dizia há dias, observando as paredes airosas de uma casa!

Em matéria de reparações, muitas são as circunstâncias que lembram a diversidade dos saberes e competências que possui, fazendo sentir a falta da prontidão com que resolvia, não raro inovando, as situações que se lhe deparavam. Mas ainda há dias estava sobre um escadote, a mudar um cabo do televisor.

Munido de uma lista previamente elaborada, faz as compras na proporção provável de um terço para si próprio e dois para os cães. Felizardos!

Usa as caixas ATM e o cartão multibanco para fazer operações bancárias correntes, confere as faturas e, no caso da água e luz, confronta os consumos cobrados com os que constam dos contadores. Preenche a declaração de IRS - que não paga -, e entrega-a na Repartição de Finanças mais próxima. 

Colhe ramos de rosas ou deixa-as a enfeitar a roseira, de acordo com a preferência da filha a quem se trata de as oferecer. Gosta de roseiras e cameleiras. Fica contente com os pássaros ou outros bichos que vê, impedindo a cadela de os perseguir, e chamando a filha para os ver. “Olha, queres ver uma cobra muito bonita?” “Não tenho visto as perdizes. Se calhar, já se deixaram apanhar”. Comove-se e chora com facilidade, grande homem que é!

Lembra-se dos aniversários das filhas, genros e netos, de alguns dos bisnetos também. Dos trinetos, que estão agora a chegar, logo se verá! 

Estóico, raramente se queixa, dizendo frequentemente que não está doente, quando é evidente que algum sofrimento o aflige.

Autónomo, faz a gestão do seu quotidiano com invejável lucidez e discernimento, lembrando-se da maior parte dos assuntos de cabeça, embora use uma agenda para fazer anotações e registar compromissos. 

Guarda memória de um número infindável de situações e acontecimentos, mas só fala deles se vêm a propósito. Raramente conta a mesma história, não lhe acrescentando pontos quando o faz. 


Inteligente, procura manter-se informado, apesar das dificuldades de visão, que as letras miudinhas dos jornais agravam, e das dificuldades de audição, que muitos locutores e interlocutores ignoram. 

Preocupa-se com o futuro, estranha mas aceita a mudança, sofre com ela sempre que se traduz em desrespeito pelos outros ou pelos valores e princípios que o norteiam na vida. 

Grandeza e completude, experiência e sabedoria, vida sentida e com sentido, dignidade e generosidade, compreensão e aceitação, amor incomensurável … É o nosso pai, sogro, avô, bisavô e trisavô Jaime, e nós amamo-lo muito. Um exemplo de longevidade ativa! Uma bênção!

Lisete de Matos
Açor, Colmeal, 17 de Julho de 2012.

Texto lido pelos netos e bisnetos presentes na festa dos 95 anos de Jaime Martins de Almeida

Passando pela serra


Junto à ponte da Candosa, quando deixo a estrada que vem de Cadafaz e regresso à que liga Góis ao Colmeal e a Cepos, a serra dá por momentos ao Ceira espaço para respirar, num pequeno e breve oásis de campo verde, moradias recuperadas e oliveiras.

   Logo à frente, ainda eu trago a vista presa ao Ceira, a escorregar prazenteiro entre pastos verdejantes, passa por mim um homem vestido com uma samarra preta. Ultrapassa-me em passadas largas, caminhada determinada e sã de aldeão. Só pára para ler um papel branco com grossas letras pretas impressas. Desaparece rapidamente engolido pelos pinheiros e eucaliptos da beira da estrada. O papel anuncia um funeral na aldeia seguinte, o Colmeal.

   Uns três quilómetros adiante, já um magote de gente se vai juntando no largo perto de um café onde um gato branco observa tudo em cima da massa laranja de bilhas de gás. “Lá se foi o Manel, era o seu destino”, comenta um homem de suíças e popa à Elvis Presley vestindo um blusão preto de cabedal. “Chega a vez a todos, não é?” diz a mulher que atende detrás do balcão. Serve-me um copo” pede. “Tinto ou branco?” O homem, as suíças acinzentadas e grisalhas como cinza de rescaldo, encolhe os ombros: “Tanto faz. Pobre do Manel. “Inda era novo, num era?” A mulher, as mãos embrulhadas num casaco de malha, por cima do balcão: “Então não era… 59 anos. Olha, este é que não teve sorte nenhuma na ‘bida’. Depois do primeiro acidente, disseram-lhe para parar de trabalhar. Continuou, teve o segundo acidente”.

   Um segundo homem entra no espaço exíguo e esverdeado do café, depois um terceiro e em seguida um quarto. “Não bebem nada?”, pergunta o das suíças grandes. Parece estar ali para ajudar a casa ou apenas para congregar todos à volta de algo que os aconchegue. “Pode ser um copito”, aceita um. “Eu não posso, pode ser um sumo”, diz outro, muito magro, precocemente envelhecido, a pele seca e esticada no pescoço, os olhos avermelhados. “O segundo acidente foi de quê? Não caiu de um andaime?” A mulher serve mais uns copos. “Olhem que vocês hoje têm de me ajudar, o patrão ‘tá para o funeral e eu estou aqui emprestada. As minis já sei que são 55… o copo de vinho? Trinta?”

   Lá fora, uma multidão silenciosa de vultos negros cerca a Igreja branca erguida entre ciprestes no topo do monte. Tudo o que se ouve no vale perdido na serra é agora o “vxxxxxhhhhh…” das eólicas pairando como fantasmas brancos sobre Colmeal.

   “É às quatro, não é?”, pergunta um homem encostado a uma lareira. Por cima, uma paisagem com picos de neve muito brancos e um vale muito verde decora um calendário. Na parede há ainda raposas, um esquilo e um mocho empalhados. “Se for o padre Xavier, é às quatro. Com ele não há atrasos. Se fosse o padre Carlos… A mulher sorri: “Ui, esse nem amanhã…”

   O funeral é uma oportunidade para os cada vez menos habitantes da serra se juntarem. Vem gente de Góis, do Cadafaz, de Cepos, da Cabreira. Todos conheciam o Manel. “Ele tinha invalidez e continuava a trabalhar… não era homem de parar. Deixou para aí obras espalhadas…” Um aldeão remata: “Os filhos acabam-nas, ‘num’ é? É para isso que servem os filhos”. A mulher ao balcão: “Eles são muito trabalhadores…”

   A conversa já vai longa quando alguém ganha coragem depois de mais um copo. “Afinal, de que morreu o Manel?” O Manuel, que já andava mal do fígado e vesícula, terá falecido de um fulminante cancro no pâncreas. “Pobre Manel, foi o dia dele”.

   Lá fora, o largo deserto batido pelo vento. A serra encolhe-se de frio. Um a um, os homens vão saindo na direcção do promontório de ciprestes onde sobressai a igreja branca do Colmeal. As mulheres há muito que já lá estão. O café esvazia. Só lá fica um idoso, com as maçãs do rosto rosadas, bigode escuro, boina preta e olhos de raposa: “Eu já não tenho pernas para acompanhar o funeral, vou beber mais um copito. Coitado do Manel, este já não vai ao meu funeral. Dá-me lá mais um”.

in “Portugal a pé”, de Nuno Ferreira, Novembro de 2011, págs. 220 a 222   

Cortes no financiamento das festas de verão reduzem atuações dos artistas



As organizações das festas que tradicionalmente se realizam em muitas localidades do país, em agosto, estão este ano a enfrentar cortes no financiamento, que as leva a reduzir o número de artistas a contratar e provoca a baixa dos cachets.


“Nota-se um grande decréscimo na procura de artistas e, por outro lado, a tendência é para quem contrata procurar contratos mais baratos”, disse à Lusa Luis Martins, sócio gerente da empresa Moinho da Música, no Cadaval.

A empresa produtora de espetáculos e representante exclusiva de artistas como Nel Monteiro, Emanuel, Micaela ou Zé do Pipo, regista “uma quebra na ordem dos 50 por cento” nas contratações, apesar de “nas festas e romarias se trabalhar bem com este tipo de artistas mais populares e que agradam sobretudo aos emigrantes”, acrescentou.

O problema, concluiu, é que “muitas autarquias reduziram para metade os orçamentos das festas e outras diminuíram a sua duração para metade dos dias”, fazendo com que a crise se reflita nas “empresas de produção, artistas, bailarinos, equipas de som, aluguer de palcos e empresas de catering”.

Uma situação confirmada à Lusa por José Malhoa, consagrado cantor de música popular portuguesa que disse que a crise económica obrigou-o a baixar o cachet e a dar mais concertos.

“Hoje em dia as comissões de festas estão em grande crise, os empresários também e para obterem essas festas querem preços mais reduzidos”, explicou o cantor, admitindo que aufere cerca de 10 mil euros por concerto.

in Diário As Beiras, domingo, 29 de Julho de 2012, 11:56:57 | Patricia Cruz Almeida 

XX FACIG 9 A 13 AGOSTO EM GOIS






13 julho 2012

COLMEAL - Festas de Verão 2012



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Ilda Reis (IV)



Ilda Reis, Lisboa 1923-1998. 
Cursou a Escola de Artes Decorativas de António Arroio. Frequentou pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Estudou gravura e serigrafia na «GRAVURA Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses», onde orientou alguns cursos. Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1971/72 e 1979/80. Entre 1966 e 1998 participou em mais de 100 exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Representada na Fundação Calouste Gulbenkian, na Casa de Serralves, Museu de Setúbal, Museu da Cidade (Lisboa) e em alguns museus estrangeiros e colecções particulares. Várias vezes editada pela «GRAVURA», Galeria «Triângulo 48», Galeria «Espiral» e Centro Português de Serigrafia.

Notas biográficas retiradas do Catálogo da Retrospectiva da sua obra gráfica que esteve patente ao público em Lisboa, na Biblioteca Nacional de Portugal, de 14 de Outubro de 2008 a 17 de Janeiro de 2009.

Gravura “Génese II, 1971”
Lisboa, Espólio Ilda Reis 

Rio Ceira, um autêntico paraíso



A freguesia do Colmeal pode orgulhar-se de ter nos seus domínios este autêntico paraíso. Ao olharmos para a fotografia ficamos encantados com esta paisagem de tão grande e rara beleza com que a mãe Natureza nos quis brindar. Assim a saibamos respeitar e preservar. Silêncio e tranquilidade de mãos dadas. O par perfeito.

Foto de Artur da Fonte


GóisOrosoArte 2012





06 julho 2012

POUPAS À JANELA


Estava à janela desde cedo, fruindo do sol quente da manhã e das gulodices frescas que os pais lhe traziam, em entregas frequentes e a grande velocidade, voando quilómetros por dia.


Quando me aproximei devagarinho, escondeu-se para logo reaparecer, espreitando para um lado e para o outro, para cima e para baixo, na expetativa de mais um petisco!



Mal pressentia a aproximação do progenitor, abria o bico e esticava-se na sua direção, revelando uma misteriosa capacidade de antecipação. 



Quando já me doíam um braço por causa da posição e a consciência por causa do atentado à privacidade das poupas que estava a cometer, apareceu à janela, do lado direito, mais uma cabecita de crista deitada e bico ainda achatado. Era um poupinho mais pequeno e enfezado, o que não é de estranhar, considerando a voracidade do mano!


O ano passado, o casal só teve uma cria. Apesar da crise que também afeta as aves e muito, este casal de poupas está a aumentar a natalidade! Corajosas! Digo que é o mesmo casal, porque usou exatamente o mesmo espaço para nidificar. As poupas, como outras espécies ou elementos das mesmas, ainda casam e arranjam casa para a vida! 


A presença da observadora a escassos metros não perturbava, nem impedia as entregas. Apenas parecia provocar nos adultos aquele som cavo e fanhoso que as poupas por vezes emitem, em alternância com o poop, poop habitual. As crias encolhiam-se, receosas, mas mostravam-se logo, curiosas.

Simplesmente fascinantes: as poupas e as crianças e pais que lembram.

 Lisete de Matos

Açor, Colmeal, 26 de Junho de 2012. 

Ilda Reis (III)




Ilda Reis (Lisboa 1923 – 1998).
“Desde o início dos anos 70 as suas formas orgânicas, o uso que fazia da cor, do verde-esmeralda ao vermelho escarlate, o gesto incisivo e expressivo que incutia nas suas matrizes, fossem de metal ou de madeira, tornaram-na uma referência incontornável no panorama da arte gravada em Portugal.”

Notas tiradas do Catálogo da Retrospectiva da sua obra gráfica que esteve patente ao público na Biblioteca Nacional de Portugal, de 14 de Outubro de 2008 a 17 de Janeiro de 2009, ao Campo Grande, em Lisboa.

Gravura “Tempo de vida IV, 1971”
Lisboa, Espólio Ilda Reis 

Necessidades do COLMEAL




Sr. Director do «Jornal de Arganil»: - Permita-me que ocupe um pequeno espaço do seu conceituado jornal, para falar do Colmeal, povoação situada em local pitoresco, onde qualquer visitante muito terá que admirar:
As belezas naturais desta terra são surpreendentes.
A povoação, que é banhada pelas águas do Ceira, está rodeada de pinhais e olivedos, emprestando-lhe tudo isto tanta beleza, que é já conhecida pela Pérola do Ceira.
Os seus habitantes são unidos e trabalhadores.
Entre os melhoramentos levados a cabo na risonha aldeia, contam-se o telefone, a reconstrução de cemitério, o posto médico, o calcetamento das ruas da povoação e a estrada Rolão Colmeal, que se encontra quase concluída pois, segundo informações, já vai um automóvel ao Roçaio.
Este melhoramento e tantos outros, devem-se à prestimosa União Progressiva da Freguesia do Colmeal, à frente da qual se encontra o incansável regionalista Sr. Dr. Manuel Martins da Cruz.
Não devemos também esquecer a dedicação da junta de freguesia do Colmeal, que tem sido incansável pelo bem da pitoresca aldeia.
Mas, se muito se tem feito, muito há ainda por fazer, como seja o acabamento da estrada, a electrificação, a Casa do Povo e o abastecimento de água, pois o Colmeal, a meu ver, é a povoação da freguesia que está mais mal servida desse precioso líquido. Possui, é certo, uma fonte, mas essa é insuficiente para o abastecimento da povoação, visto que chega a secar no tempo do estio, vendo-se os habitantes obrigados a abastecer-se dos poços, com grave perigo para a saúde pública.
Segundo nos informam, está em organização o projecto para o abastecimento de água. É bom que vá por diante tão importante melhoramento.
Havia terras na freguesia que se encontravam também em precárias condições no que respeita a abastecimento de água, entre elas, Malhada, Soito, Aldeia Velha e Carvalhal, mas agora têm água com abundância.
Necessitam bastante de arranjo a igreja, a capela das Seladas e a da povoação.
É bom que não se esqueça a reparação desses templos, pois foi ali onde nós colmealenses fomos baptizados.
Colmealenses, unamo-nos todos, porque a união faz a força. Só com perfeita união, poderemos fazer tudo de que mais necessitamos.
Lisboa, 31-7-1955. – Um colmealense.

in Jornal de Arganil Nº 1472 de 18 de Agosto de 1955
cedido por António Nunes dos Santos

Loural em mudança





Estivemos no Loural em Outubro de 2009 onde tirámos as duas fotografias que hoje aqui recordamos. Andámos por uma ruela estreita sem movimento, espreitámos casas sem vivalma, ouvimos a água a cair no barroco, estivemos num moinho que deixou de moer. Sentámo-nos a admirar todo aquele silêncio de fim de tarde e a tentar adivinhar os segredos escondidos por entre algumas das paredes que se mantinham de pé.


Há poucos dias chegou-nos esta foto. Tinha sido publicada nas redes sociais. Temos acompanhado, em certa medida, o projecto que está a alterar aquele Loural que os mais antigos conheceram e onde alguns deles ainda viveram. Não temos dúvidas de que o Loural está a sofrer uma enorme mudança. Aos seus promotores desejamos os maiores sucessos.

Fotos de A. Domingos Santos e Facebook

Boa disposição




O contraste é perfeito. De um dos lados, o presidente da União com a sua habitual cara sisuda capta a atenção de um friso de “atletas” da categoria de “antiguidades” antes da corrida dos avós, uma prova de atletismo integrada nas Festas de Verão 2011. Pressupõe-se que lhes esteja a transmitir a sua grande preocupação face às características desta corrida tão especial e extremamente dura e do esforço que lhes vai ser exigido. Mas a conversa devia ser outra e os atletas “desmancharam-se a rir”, cada um mais do que o outro. Boa disposição é o que não falta nas Festas de Verão no Colmeal. E elas estão quase aí. Em Agosto esperamos por si.

Foto de Francisco Silva

Góis: Rita Guerra (en)canta, a 15 de Julho, no rio Ceira



Rita Guerra, em fase de apresentação do seu mais recente álbum de canções, actuará, a 15 de Julho (pelas 22h30), em Góis.
O espectáculo, que terá como palco a praia fluvial da Peneda (recanto paradisíaco do rio Ceira), assinala o encerramento do evento GóisOrosoArte'2012.
Em 16ª. edição, GóisArte consiste numa mostra internacional de arte, a que desde 2011 se juntou o nome da localidade espanhola de Oroso.
Subjacente à geminação de Oroso e de Góis está a ligação de ambas as terras ao culto de São Tiago, figurando a vila portuguesa numa rota outrora usada por peregrinos que rumavam à Galiza.
Alusiva à referida mostra internacional, irá estar patente, de 13 a 27 de Julho, nas galerias da Casa do Artista, uma exposição colectiva.
Ateliês de pintura e escultura, espectáculos de ballet e concertos de bandas filarmónicas são algumas das atracções proporcionadas pelo evento.

in Campeão das Províncias online de 6 Julho de 2012