Na margem do rio CeiraEstava uma lavadeira
Que olhando o rio pensava
Nas noites de felicidade
Quando em sua mocidade
Nessa margem namorava
Seu amor era dos Cepos
Vivia contando o tempo
Com amor puro e leal
O coração a bater
De alegria para ir ver
Sua amada ao Colmeal
Ela ansiosa aguardava
Sempre a ver quando chegava
O amor da sua vida
E lá partiam a medo
Até ao rio em segredo
Pedindo ao luar guarida
Durante abraços e beijos
Na loucura dos desejos
Juras de amor são trocadas
E as águas daquela margem
Reflectem sua imagem
Como num conto de fadas
Casaram foram felizes
Uniram suas raízes
Arganil foi a madrinha
Numa das festas de Verão
Em dia de procissão
A noiva era uma rainha
A história que eu vos contei
Já ma contou minha mãe
Quando eu tinha tenra idade
Eram meus queridos avós
Que já não estando entre nós
Lembro com tanta saudade
Lourdes Silva
Maria de Lourdes Neves Almeida Silva é oriunda do Colmeal e este poema, tal como nos disse, é uma homenagem aos seus avós e ao seu namoro.
O seu avô, que era dos Cepos foi casado com Maria da Assumpção (Colmeal, 26/Abril/1878 - Lisboa, Penha de França, 19/Fevereiro/1957).
Maria da Assumpção, filha de Manuel Francisco Neves e de Josefa Maria de Oliveira era a terceira de seis irmãos – Manuel (1874), José (1876), Joaquim Francisco Neves (1884), António (1881) e Maria Inocência Neves (1887). Entre parênteses estão as respectivas datas de nascimento.
A. Domingos Santos
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