24 novembro 2010

Sapo na grelha

Não se trata de uma nova iguaria. Apenas e só… um sapo na grelha. Foto de António Santos Colmeal 30 de Outubro de 2010

“O Colmeal” – Notícias de há 50 anos

400 ANOS Embora modestamente celebramos o 4º centenário da fundação da freguesia no dia 16 do corrente. O programa é simples: Missa em acção de graças com prática alusiva, bênção do sino novo comemorativo desta data, repique festivo e alguns foguetes. Todos os melhoramentos levados a efeito na nossa igreja durante o ano corrente foram integrados nas comemorações do 4º centenário. Badaladas O sino completo e o badalo para o outro custaram 4.254$80; de Braga à Lousã gastaram-se 33$50. O Sr. Arménio Marques encarregou-se do transporte, da Lousã ao Rossaio e o Sr. Manuel Brás da Costa, do Rossaio ao Colmeal. E assim terminou e com bom êxito a campanha iniciada em Maio passado, a favor do sino. Colmeal Para a construção do posto médico do Colmeal, foi recentemente oferecido o necessário terreno, pelo Sr. Acácio Mendes da Veiga, ilustre colmealense, a quem a sua terra natal deve já muito do seu progresso. Aldeia Velha No dia 23 de Outubro, foi baptizado na igreja paroquial o menino José Brás Victor, filho do Sr. Américo Victor das Neves e da Sr.ª Arminda de Jesus Brás. Foram padrinhos os Srs. Manuel dos Anjos Nunes e a Sr.ª Hermínia Domingues de Almeida, residentes em Aldeia Velha. Carvalhal Foi baptizado na igreja do Colmeal no dia um de Novembro o menino Arménio Nunes Baptista, filho do Sr. Raul Baptista Pereira e da Sr.ª Maria Nunes Martins. Foram padrinhos o menino Manuel Fernandes Moreira, do Carvalhal, e a menina Zulmira Nogueira, da freguesia de Barcouço (Mealhada). Salgado No dia 5 do corrente realizou-se na igreja paroquial do Colmeal o casamento do Sr. José das Neves Almeida, empregado dos Correios e Telégrafos em Lisboa, filho do Sr. Júlio de Almeida e da Sr.ª Maria dos Santos de Almeida, da freguesia de Celavisa, com a menina Noémia Duarte, filha do Sr. António Duarte e da Sr.ª Maria Madalena, residentes no lugar do Salgado, desta freguesia. Ádela Em 6 de Novembro foi baptizada no Colmeal a menina Ana Maria dos Santos Firmino, filha do Sr. Augusto Firmino e da Sr.ª Maria José dos Santos. Foi padrinho da criança o Sr. José Domingues e madrinha a Sr.ª Maria Joaquina Rodrigues, residentes em Ádela. Lisboa União Progressiva Como foi noticiado realizou-se no dia 5 de Novembro na Casa das Beiras em Lisboa, uma festa levada a cabo pela União progressiva da Freguesia do Colmeal a favor do Cofre de Beneficência da União. A festa foi muito concorrida; e como se tratava de uma obra de beneficência para os pobres da nossa freguesia, todos os conterrâneos e amigos da Colectividade estavam presentes com as suas ofertas, contribuindo assim para o bom êxito da festa. Chegada Vinda do Brasil, chegou a esta cidade onde tenciona demorar-se algumas semanas em visita a sua família, a Sr.ª D. Alzira Reis Neves, a quem desejamos óptima estadia. Falecimento No dia 20 de Outubro, faleceu em Lisboa o Sr. André de Almeida, natural do Carvalhal e casado com a Sr.ª Ermelinda das Neves. À família enlutada, sentidos pêsames. Culinária Senhora dona de casa: faça um doce apetitoso para o Natal; chama-se Tigelada doce. 1) Prepare: 200 gramas de açúcar; 4 ovos; 100 gramas de queijo; 125 gramas de pão de forma; meio decilitro de leite; canela. 2) Misture o açúcar com uma colherinha de canela em pó e os ovos e bata tudo muito bem. Parta o pão e o queijo em fatias muito fininhas e ponha em camadas alternadas (ora pão ora queijo) numa forma bem untada com manteiga derretida, borrifando o pão com o leite bem quente e estendendo entre cada camada uma porção dos ovos que acabou de bater com o açúcar e canela. Leve ao forno levando a cozer e sirva quente. A vida de “O Colmeal” Com o aumento da tiragem do jornal, vejo que não é difícil chegarmos aos 1.000. No mês passado expedimos 719 exemplares; para Lisboa (só para a cidade) foram 272; para o estrangeiro e Ultramar, 20 (é ainda pouco); para as restantes localidades, 427; Não podemos no entanto parar. Em muitos aspectos, parar é o mesmo que andar para trás! Sempre alegres A mulher para o marido: - Também só pensas e falas em futebol; és capaz de nem te lembrar por exemplo da data do nosso casamento… - Ora essa: foi no dia em que o Sporting ganhou ao Benfica por 5 a 2!... Dr. João de Barros LISBOA – Com 79 anos, faleceu nesta cidade no passado dia 25 de Outubro, o grande escritor Dr. João de Barros, natural da Figueira da Foz e casado com a Sr.ª D. Raquel Teixeira Queiroz de barros, e sogro do Exmo. Sr. Dr. Marcello Caetano, a quem «O Colmeal» apresenta sentidas condolências. in Boletim “O Colmeal” Nº 10, de 15 de Novembro de 1960

18 novembro 2010

AMIGOS PARA SEMPRE!

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Nos primórdios dos anos setenta, um punhado de jovens oriundos da freguesia do Colmeal juntava-se em torno de um ideal comum: conviver/partilhar.
E já passaram quase quatro décadas desde a fundação da Comissão de Juventude do Colmeal!
Para reviver os bons momentos passados os "jovens" de então vão reunir-se em Lisboa num grande jantar a realizar-se, no próximo dia 30 de Novembro, no restaurante Adega Já Fumega. O ponto de encontro será no Centro Comercial das Amoreiras pelas 19h. Gostaríamos que todos aqueles que nos acompanharam nos momentos de convivio de então, se juntassem a nós neste dia.
Se foi um deles e quiser estar presente, contacte a Maria Antonieta (934192179), a Maria Lucilia (914815132) ou a Manuela Costa (962626767).
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Manuela Costa
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SIM AOS COGUMELOS SEM OS ESGOTAR (1)

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Os cogumelos são a manifestação frutífera e a parte visível de fungos, uns seres maiores e mais complexos, que vivem ocultos no solo, na madeira, na água, em detritos ou num organismo hospedeiro. Sendo comparáveis ao fruto das árvores, os cogumelos têm como função a reprodução do fungo, isto é, a produção e a propagação dos esporos, que são uma espécie de sementinhas invisíveis a olho nu. No fungo, temos, pois, uma parte visível constituída pelo cogumelo ou carpóforo e uma invisível, constituída por pequenos filamentos (hifas), que formam o micélio ou que se combinam com as raízes de plantas para formar micorrizas.
Através do modo como se alimentam, os chamados macrofungos desempenham um papel determinante para a qualidade dos ecossistemas em que vivem, sendo classificados, desse ponto de vista, em parasitas, saprófitas e simbióticos ou micorrízicos. Os saprófitas ou decompositores, de que são exemplo os comestíveis tortulhos (macrolepiota procera), são fungos que se alimentam de matéria orgânica em decomposição, transformando-a em nutrientes que as plantas e o homem voltam a utilizar. Produzindo cogumelos comestíveis e não comestíveis, mas que podem ter outra utilidade, estes fungos contribuem para a fertilidade do solo, ao mesmo tempo que relevam entre os organismos responsáveis pela limpeza do planeta, libertando-o dos resíduos que a natureza e a acção do homem vão produzindo.
Os simbióticos ou micorrízicos, de que são exemplo os muito apreciados míscaros amarelos (tricholoma flavovirens), são fungos que se alimentam estabelecendo simbioses vantajosas para ambas as partes com as raízes de plantas. Trata-se das já referidas micorrizas, que podem assumir várias formas e ocupar pequenas ou grandes extensões. Através delas, os fungos recebem hidratos de carbono, fornecendo às plantas água, sais minerais e outros nutrientes, enquanto também as protegem de doenças e pragas. É por isso que hoje se desaconselha a lavragem dos soutos, que molestaria as micorrizas, ou defende a micorrização em projectos de produção florestal. No campo da colheita de cogumelos silvestres, cuja época agora decorre, é também para poupar a parte oculta dos fungos (micélio ou micorrizas) que se apontam como boas práticas nunca os arrancar, e nunca procurar míscaros com objectos, nomeadamente ancinhos e gadanhos, que penetrem no solo, danificando e destruindo o fungo que os produz. Também não apanhamos maças ou peras destruindo as árvores que as produzem e todos nós temos a experiência dos cogumelos que nascem no terreno que o vizinho mal limpou, mas não no nosso que foi cavado recentemente!
Uma outra boa prática na colheita de cogumelos silvestres consiste em jamais os apanhar enquanto são jovens, isto é, enquanto estão fechados. No caso, visa-se assegurar a libertação e a propagação dos esporos, que só podem verificar-se depois de o cogumelo atingir a maturidade, abrindo o chapéu. A explicação reside no facto de os esporos se formarem no himénio, regra geral constituído pela parte inferior do chapéu, que está fechada enquanto os cogumelos são jovens. Vão no mesmo sentido as recomendações de limpar os cogumelos no local, e de os transportar em cestos e não em sacos. A reprodução exige muitos esporos, uma vez que eles só “germinam” em condições ambientais muito favoráveis. Os fungos e os cogumelos silvestres são um recurso ambiental e económico muito importante, pelas razões ecológicas que foram referidas e pelo valor nutritivo dos comestíveis, mas também devido à utilização que a medicina e as indústrias alimentar, farmacêutica, cosmética, têxtil, química e agro-florestal fazem dos seus atributos. Acrescem o encanto e o mistério de que se revestem, bem como as actividades de lazer e económicas que podem propiciar, entre outras, os encontros micológicos, as visitas de estudo, as colheitas físicas e fotográficas, o turismo gastronómico e de natureza. Sendo um recurso a preservar e a incrementar, digamos sim aos cogumelos sem os esgotar. Para tanto, basta colher os comestíveis de modo sustentável, e não destruir os outros gratuitamente. Lisete de Matos Açor, Colmeal, 8 de Novembro de 2010.
[1] Este texto foi elaborado com base em bibliografia, pois somos admiradores gratos dos cogumelos, mas não especialistas em micologia: - José G. Marques Santos, Boas Práticas de Colheita de Cogumelos silvestres, DRAPC, Min-agricultura.pt. (http://www.drapc.min-agricultura.pt/base/geral/files/postermiscaro3_07.pdf) - Paula Baptista, Utilização de Macrofungos na Biorremediação de Solos contaminados por Metais pesados, CIMO/Escola S. Agrária, Bragança (http://www.graq.isep.ipp.pt/uploadFiles/file/9%20macrofungos.pdf). - Anabela Marisa Azul, Cogumelos do Paul da Madriz, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010.

16 novembro 2010

União Progressiva – 40 anos

“No dia 6 de Dezembro último o Sr. Presidente do Conselho de Ministros, Prof. Doutor Marcello Caetano, recebeu, no seu gabinete do Palácio de S. Bento, os corpos directivos da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, que lhe fizeram entrega da medalha comemorativa do 40º aniversário da fundação da Colectividade. Desta medalha, como referimos no número anterior, mandaram-se cunhar, em prata, dois exemplares. Um entregue ao Sr. Prof. Marcello Caetano; o outro ao Ministro das Obras Públicas e Comunicações, Eng. Rui da Silva Sanches. A União Progressiva nesta simples e informal recepção, concedida pelo Sr. Presidente do Conselho, mas de alto significado para a freguesia do Colmeal, estava representada pelos Srs. Dr. Manuel Martins da Cruz, Eng. António dos Santos Almeida (Fontes), Fernando Henriques da Costa, João de Deus Duarte, Manuel Francisco Brás, Henrique Brás Mendes, Manuel Simões Nunes, António Ferreira Ramos e Ivo Jorge dos Santos Pinho. Trocaram-se impressões sobre as necessidades da região, nomeadamente a conclusão da estrada do Vale do Ceira.” in Boletim “O Colmeal” Nº 114, de Março de 1972 Foto enviada por Domingos Nunes

Festa de Natal da União

No próximo dia 12 de Dezembro, pelas 10 horas e 30 minutos e após a celebração da missa dominical, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal vai realizar no Centro Paroquial Padre Anselmo a habitual festa de Natal onde se procederá à distribuição de brinquedos pelos mais novos e se conviverá com a restante população residente. O espírito de solidariedade que desde sempre caracterizou o Movimento Regionalista tem-nos permitido realizar desde há algumas décadas este fraterno convívio de Natal. A generosidade dos nossos sócios e das entidades que sempre nos têm acarinhado tem sido fundamental para que possamos continuar a levar até aos mais novos e também aos mais idosos um pouco de amizade e de carinho, assim como alguma alegria e palavras de conforto. Contamos consigo! UPFC

Colmealenses - ontem e hoje

Serra da Estrela, 2010. Os irmãos Rita e Jorge, tentando passar despercebidos, de óculos escuros e chapéu! Foto cedida por Aurora Braz

15 novembro 2010

A União foi à ilha da Madeira (III)

No horizonte raiava um novo dia. O Sol tentava subir por detrás daquela nuvem e adivinhava-se um dia agradável e sem chuviscos. Após o pequeno-almoço buffet no hotel partimos em direcção ao centro do Funchal onde àquela hora o movimento ainda era diminuto. Dava para se apreciar a típica calçada à portuguesa bem cuidada dos seus passeios e o verde das árvores e dos jardins ladeando o nosso percurso. Um grande navio de cruzeiros começava a despejar milhares de turistas que se iriam dividir pelas várias excursões opcionais ao seu dispor. Nós iríamos fazer uma visita de meio-dia que começava com um agradável passeio de teleférico entre o Funchal e o Monte.
Enquanto se aguardava organizadamente a entrada para as cabinas notava-se em alguns dos participantes uma certa ansiedade. Para meia dúzia deles seria uma nova experiência mas que depois, lá no cimo, confessariam ter adorado. A paisagem vista lá das alturas era impressionante, não só pelas vias e túneis mesmo por debaixo de nós mas também pelo casario envolvente da cidade do Funchal.
A estação do teleférico do Monte fica mesmo junto do Jardim Tropical Monte Palace, no Caminho das Babosas, num cenário encantador. Antes de se iniciar a visita a nossa guia procedeu às necessárias explicações sempre indispensáveis e que o grupo ouviu atentamente. O jardim que ocupa uma área de cerca de 70.000 metros quadrados encontra-se integrado na Quinta Monte Palace e é propriedade da Fundação Joe Berardo e desde a sua aquisição tem vindo a ser enriquecido com plantas exóticas endémicas dos quatro cantos do mundo. A colecção de painéis de azulejos colocados ao longo dos passeios é considerada uma das maiores e ricas colecções do Pais depois da do Museu Nacional do Azulejo, agrupando exemplares hispano-mouriscos do séc. XV e XVI até painéis mais contemporâneos e retratam acontecimentos religiosos, sociais e culturais marcantes à época e referências da História de Portugal. Também estatuetas de arte africana se podiam admirar ao longo do caminho que íamos percorrendo. Foram plantadas grande número de espécies vegetais, entre azáleas, urzes, sequóias, acácias e árvores diferentes, para além da enorme variedade de fetos.
O jardim apresenta-nos um espaço dedicado à flora madeirense no qual se encontram a maior parte das variedades da Laurissilva da Macaronésia, além de outras espécies em vias de extinção. Na vegetação riquíssima podemos destacar e apreciar fetos, cedros, loureiros e loureiros das Canárias. Muitas das estátuas situam-se por entre a folhagem e casam em perfeição com toda a envolvente. Entre as espécies mais raras destaca-se uma colecção de cicas, considerados fósseis vivos e que têm a forma de uma pinha. Das 72 espécies conhecidas, este jardim conta com cerca de 60 variedades.
As lagoas existentes no jardim foram enriquecidas com a introdução de peixes koi, de variados tamanhos e cores, podendo viver até aos 100 anos. Quedas de água são frequentes e algumas evidenciam-se pela sua dimensão. Também acompanhámos o “cantar” da água deslizando em algumas levadas. Pelos passeios do jardim fomos apreciando as ornamentações de cantaria, as janelas, os nichos, os pagodes e os budas, as lanternas e as esculturas, vindas de diferentes partes do Mundo, culturas e épocas. Lindos cisnes brancos originários da Islândia e da Escandinávia habituados aos muitos visitantes que por ali vão passando diariamente deslizavam vaidosa e suavemente para a nossa fotografia.
As duas guias Neuza Sofia e Vera Serôdio foram as grandes e principais responsáveis pelo sucesso desta excursão. A União Progressiva e os participantes podem e devem agradecer-lhes por termos tido a sorte de nos acompanharem. Tivemos em ambas a excelência de grandes conhecedoras da história da Madeira, da sua cultura, das suas belezas, das suas curiosidades locais e da sua gastronomia. Sem qualquer esforço conseguiram captar a atenção dos excursionistas pela empatia com que de imediato com eles estabeleceram. A simpatia e boa disposição sempre presentes, a disponibilidade para responderem às mais variadas solicitações fizeram delas guias exemplares que conquistaram todo o grupo do Colmeal. Depois de uma prova de vinho da Madeira continuámos a nossa visita tendo passado revista a uma guarda de honra feita por garbosos guerreiros de terracota. Imperdível seria não visitarmos a esplêndida colecção de minerais e gemas que o Comendador Joe Berardo tem vindo a reunir ao longo de mais de quinze anos. Determinado a partilhar esta sua paixão com o público, montou esta exposição da qual constam cerca de 1000 exemplares, provenientes na sua maioria do Brasil, Portugal, África do Sul, Zâmbia, Peru, Argentina e América do Norte. De realçar as cores, brilho e formas geométricas aliadas à variada dimensão e também alguns belíssimos exemplares de troncos petrificados. Também a sua paixão pela escultura africana levou Joe Berardo a apresentar-nos uma colecção interessantíssima em que sobressaem belas esculturas em pedra do Zimbabué, uma forma de arte africana contemporânea.
Depois fomos até à Igreja do Monte, construída no séc. XVIII no local de uma ermida do séc. XV. Mas depois contamos-lhe. Agora ficamos por aqui.
Fotos de A. Domingos Santos

Estudando o jornal

O nosso blogger Francisco Carreira da Silva “apanhado a consultar o jornal”. Foto de A. Domingos Santos

09 novembro 2010

Nova licenciada

“Concluiu o curso na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa a menina Maria Cecília de Oliveira Barata, filha do Sr. Manuel Barata, de Carvalhal, e da Sr.ª Celeste Cecília Lopes de Oliveira, oriunda de Colmeal. A nova doutora, a quem apresentamos felicitações é neta paterna do Sr. José Maria Barata e da Sr.ª Maria Martins dos Anjos, e neta materna do Sr. Adriano Brás de Oliveira e da Sr.ª Germana Lopes de Oliveira.” in Boletim “O Colmeal” Nº 135 Jul/Set 1976 Encontrámo-nos recentemente no Colmeal, no magusto organizado pela União e a “Cilinha” confidenciou-nos que ia passar a ter mais tempo e que “ia transferir-se para a nossa equipa… a dos que já compram tudo feito”. Como trinta e cinco anos dedicados ao ensino passaram tão depressa…
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Cores de Outono

Fotos de A. Domingos Santos

08 novembro 2010

"O teatro do concelho vem à cidade"

(para ampliar clicar no programa)
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Pretendemos com esta sessão proporcionar a todos os goienses poderem apreciar o teatro que se faz no nosso concelho e possibilitar aos nossos actores uma experiencia nova na presença duma figura consagrada do Teatro Português.
Convidamos desde já todos os Goienses a estarem presentes, na expectativa de teremos uma tarde de teatro bem passada que ficará na memória para sempre.
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O Conselho Regional

05 novembro 2010

Lurdes Castanheira traça “balanço muito positivo” do primeiro ano de mandato

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Lurdes Castanheira traça um “balanço muito positivo” do primeiro ano de mandato. A autarca assumiu a presidência da Câmara de Góis a 26 de outubro de 2009 e, volvido um ano, mostra-se confiante e otimista em relação ao futuro do concelho de Góis. Em entrevista a “O Despertar”, a autarca assume que “os desafios são muitos e os projetos também” e mostra-se determinada a conseguir respostas que lhe permitam, a si e a toda a sua equipa, fazer de Góis “um concelho sempre melhor, com mais e melhor qualidade de vida”. Numa altura em que se encontram em curso obras determinantes para o desenvolvimento do município, projetam-se outras que deverão ter início no próximo ano. De todas, Lurdes Castanheira dá especial destaque à Casa Municipal da Cultura, pela sua dimensão; e ao Centro de Referência da Memória Goiense, um espaço onde estará reunida toda a história deste município.
Completou na semana passada o primeiro ano de mandato. Que balanço faz do trabalho desenvolvido? O balanço é muito positivo. Fez realmente um ano no dia 26 de outubro que tomámos posse e posso dizer que temos desenvolvido um trabalho que nos agrada profundamente, a mim e a toda a equipa. Estou muito satisfeita com a equipa com quem trabalho. Admito que este é, efetivamente, um trabalho muitas vezes incompreendido, muitas vezes a classe política não tem a credibilidade que merece, mas não nos podemos esquecer que não somos todos iguais e, no que concerne à política, há políticos bons e maus, como acontece em qualquer tipo de profissão. De qualquer forma, no que concerne à classe política que hoje governa o município de Góis, penso que temos estado à altura do voto de confiança que nos foi dado quando apresentámos o projeto “Renascer a esperança, confiar no futuro”. Estou satisfeita e, portanto, só posso traçar um balanço bastante positivo. Neste momento há várias obras em curso no concelho de Góis, algumas que transitaram inclusive do anterior mandato. Nesta área, quais são as suas prioridades para os próximos três anos? Há muita coisa que gostaríamos e que pretendemos fazer. É muito difícil destacar uma obra. Temos algumas obras que já concretizámos e já lançámos outras. Em qualquer mandato tem sempre que haver uma lógica de continuidade, o que significa também uma responsabilidade em termos de compromisso. Essa foi a nossa prioridade este ano de 2010. No fundo, procurámos dar prioridade a todas as obras que estavam lançadas ou que tinham o financiamento nacional ou comunitário garantido. Nesta situação encontrava-se o Centro Escolar de Alvares, uma obra já concluída; e os Paços do Concelho, a escassos dias da sua conclusão. Lançámos ainda a obra da Casa Municipal da Cultura, que é seguramente a maior do mandato. Orçamentada em cerca de dois milhões de euros, esta obra começou a ser executada há cerca de dois meses. Para além disso, foi ainda lançada a obra de requalificação do campo de futebol Augusto Nogueira Pereira, que é um campo que vai ter um relvado sintético. Estas são as principais obras que estão em curso, transitando algumas para o próximo ano. Em 2011, para além destas, teremos verdadeiramente as obras deste executivo. Posso referir, desde logo, o Centro de Referência da Memória Goiense, um grande projeto que consideramos de particular interesse. Este Centro não será nenhum espaço museológico mas irá assemelhar-se a pequenos núcleos museológicos, que irão permitir identificar todo o património que caracteriza os goienses, desde a exploração mineira, ao fabrico do papel, à antiga produção e comercialização de neve que na época se usava para conservar os alimentos… Este Centro vai permitir aos goienses e aos visitantes ter um conhecimento profundo da história e das vivências de Góis, dando a conhecer o seu passado e as suas tradições. O Centro de Referência da Memória Goiense é uma obra que é totalmente deste executivo. O projeto já foi concebido por nós, já temos o financiamento, vamos lançar concurso público para esta obra. Estou convicta de que será executada durante o ano de 2011. A requalificação da vila é outra das suas preocupações… Sem dúvida. Para além destas obras que já referi, temos também a Circular Externa do Carvalhal dos Pombos, uma grande obra de requalificação de uma parte da zona urbana. Esta intervenção está orçamentada em cerca de um milhão de euros e vai melhorar toda a zona, já que prevê intervenções em várias áreas, como saneamento, redes de águas, pavimentação, requalificação dos passeios… Portanto vamos ficar ccom outro aspeto na vila. Hoje há uma parte da vila que não tem passeios, o que obriga as pessoas a passar pelo asfalto, e queremos alterar tudo isso. Entendemos que tem que haver um ordenamento no sentido de Vila Nova do Ceira-Góis. É urgente esta requalificação da vila, quer em matéria das acessibilidades, como de todo o ordenamento do espaço que fica na zona do pólo industrial. No fundo, pretendemos melhorar toda a entrada da vila de Góis. Este será o maior projeto já concebido por este executivo, custará um milhão de euros. O maior de todos é a Casa da Cultura, que custará cerca de dois milhões de euros. A conclusão da Casa Municipal da Cultura está prevista para quando? A obra começou em julho deste ano e, portanto, ainda está numa fase embrionária, ainda estão a fazer as movimentações de terra. Trata-se de uma obra com uma envergadura considerável, que vai demorar bastante tempo. Penso que depois desta fase inicial, a obra terá uma franca evolução no início do próximo ano. A Casa Municipal da Cultura de Góis tem um prazo de execução de 18 meses e, até ao momento, os prazos estão a ser cumpridos. Se não houver nenhum hiato que condicione a normal execução da obra penso que estão reunidas as condições para que no início de 2012 a Casa Municipal da Cultura esteja concluída. Mas nem só de grandes obras se faz o trabalho de uma autarquia. Há todo um trabalho diário a que é preciso dar respostas. Foi fácil adaptar-se a esta “casa”? Sim. Devo dizer que, de facto, há todo um trabalho que se faz diariamente que não tem visibilidade. Neste primeiro ano de mandato, foi feito todo um trabalho de re-estruturação e reorganização dos serviços internos, onde procurámos priorizar as principais necessidades. Para além disso fizemos também um trabalho meritório no que se refere ao Plano Diretor Municipal (PDM), com a sua revisão e, neste momento, a primeira alteração ao PDM está praticamente na fase da conclusão. Este é também um trabalho que efetivamente não tem grande visibilidade, porque não é uma infraestrutura, não é betão ou alcatrão, mas que é muito importante para o concelho de Góis. Tenho que referir ainda o apoio que foi dado durante este primeiro ano a todas as instituições privadas que desenvolvem ações na área da proteção civil, da cultura, da ação social, da educação, do associativismo e outras. Nós, enquanto autarquia, estamos conscientes de que só é possível um verdadeiro desenvolvimento se houver uma verdadeira cultura de parceria entre o público e o privado. E a Câmara tem, de facto, dado um inestimável apoio a essas organizações de direito privado, porque para além de promoverem o desenvolvimento, promovem o emprego. Deste modo, e consequentemente, fazemos justiça ao Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e a Exclusão. Temos feito um grande investimento nas políticas sociais, quer ao nível da ação social, quer ao nível da educação, e é nossa intenção continuar a apostar nestas áreas.
Por Zilda Monteiro, O Despertar 5/11/2010

Magusto à chuva

No passado domingo dia 31 de Outubro a União Progressiva da Freguesia do Colmeal conforme havia noticiado, levou a efeito o seu magusto no Largo da aldeia. Numa mesa redonda… sem mesa, discutia-se qual seria a melhor estratégia para comer o maior número de castanhas. Mas a grande dúvida era se seriam assadas ou cozidas face à instabilidade do tempo.
Artur da Fonte traz o tacho fumegante dos torresmos. Logo ali e de imediato se abrem as hostilidades com um ataque frontal e depois, em vagas sucessivas, todos se irão deliciar com a torresmada.
Caras bonitas e sorridentes não faltaram neste convívio onde a boa disposição esteve sempre presente.
O José Álvaro apesar do acidente do dia anterior que lhe “pôs o olho ao peito”, esteve sempre em grande actividade.
Já havia quem dissesse que o Artur “não largava o tacho” e era bem verdade. Quando se tem um bom tacho… quem é que o quer largar? Só que o tacho era da sogra e ele teve mesmo que o entregar
À volta da mesa ninguém perdia tempo. Repare-se no ar compenetrado e a técnica apurada com que descascavam as castanhas. Entretanto o tacho dos torresmos ia ficando mais leve o que era um bom indicador da excelência do cozinheiro.
Aproveitando a paragem da chuva espalhou-se a caruma e depois foi tratar de assar as castanhas que ainda restavam. Parecem meninos à volta da fogueira…
Ou foi das castanhas, dos torresmos ou dos doces, mas o que é verdade é que a boa disposição continuava. Havia também quem defendesse que a boa qualidade da água-pé e da jeropiga… enfim, há sempre quem diga coisas…
E também há os que pela calada andam à procura das melhores… e realmente as castanhas estavam muito bem assadas.
O presidente da União aproveitou a ocasião para “adormecer” a juventude.
Acabados os torresmos e as castanhas a festa continuou no “Café da Maria” com uma animada desgarrada e apreciável assistência. Tocadores e cantadores no seu melhor.
E todos ficámos mais tristes quando vimos o Miguel a preparar-se para lançar um foguete indicando o fim da festa. Foi só soprar um pouco mais a ponta do cigarro… e o foguete subiu logo a seguir. Para o ano haverá outro magusto e, se possível, com melhor tempo. Fotos de Francisco Silva