08 janeiro 2010

Efeméride: Eléctricos deixaram de circular em Coimbra há 30 anos

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Faz este sábado, 9 de Janeiro, 30 anos que os eléctricos deixaram de circular na cidade de Coimbra, dando lugar aos troleicarros e aos autocarros. Os nove veículos que fazem parte do acervo municipal são agora peças de museu, ainda que os conimbricenses estejam, momentamente, impedidos de os apreciarem. Com a criação do Museu da Cidade, o Museu dos Transportes Urbanos de Coimbra, deixou de existir para dar lugar ao Núcleo do Carro Eléctrico. O museu foi o primeiro do género na Península Ibérica, inaugurado dois anos depois de os eléctricos deixarem de circular. Foi instalado na Rua da Alegria, na antiga oficina dos eléctricos (a chamada remise), um edifício de 1909, considerado “um excelente exemplar da arquitectura industrial” O referido núcleo ficará instalado no mesmo local, mas, para já, não há ainda uma data de abertura ao público. Em curso, está a recuperação dos nove veículos. Quatro estão já prontos e o quinto aguarda o resultado de um concurso limitado para ser reabilitado. Berta Duarte, chefe da Divisão de Museologia da Câmara Municipal de Coimbra, disse ao “Campeão” que o projecto do Núcleo do Carro Eléctrico “está a andar” e que a verba para o arranjo do quinto eléctrico está garantida. Aquela responsável falou ao nosso Jornal momentos depois de ter participado na transferência, para a Rua da Alegria, do primeiro gerador eléctrico que a cidade teve e que também poderá ser visitado futuramente. Este equipamento, com cinco metros de comprimento e cerca de seis toneladas de peso, estava guardado nas antigas instalações do extinto Museu Nacional da Ciência e da Técnica, na Rua Fernandes Tomás. A principal relíquia em exposição no futuro espaço museológico será o velho carro americano, de tracção animal. A sua recuperação será dispendiosa e Berta Duarte aplaude a ideia de “aparecer um patrocinador” que ajude o município na rápida concretização da obra. Os eléctricos fazem parte do imaginário de muitos conimbricenses, como é o caso de Pedro Rodrigues dos Santos, nado e criado nesta cidade, agora a residir em Painho, freguesia do concelho do Cadaval, à qual preside. Partilhando com o “Campeão” a saudade que sente dos eléctricos, enviou-nos uma ligação para o site You Tube, que também partilhamos com os leitores: Escrito por Iolanda Chaves Sexta, 08 Janeiro 2010
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