12 março 2009

Balneários

"A ideia da construção dos balneários, junto à Ponte de acesso ao Colmeal, na margem direita do rio Ceira, lançada durante o almoço-convívio da Família Colmealenses, no dia 15 de Novembro de 1970, concretiza-se já para o Verão que se avizinha. Assim, nas próximas férias não terá que procurar um esconderijo no meio das silvas para vestir seu fato de banho e saborear a frescura das águas correntes do rio Ceira. Dois balneários, um destinado a senhoras, outro a homens, de proporções suficientes para uma movimentação desafogada no seu interior, estão a ser levantados, e em bom ritmo, pelo construtor civil, Sr.. Celestino Barata Martins. Junto da Câmara Municipal de Góis encontrámos a melhor boa vontade e assim a obra, tendendo a que é de interesse público, foi isenta de toda e qualquer taxa, pelo que deixamos nestas páginas, bem vincado, o nosso sincero agradecimento à referida Câmara, na pessoa do seu dinâmico Presidente, Dr. Ruy Manuel Nogueira Ramos. Como sempre, toda a obra exige dinheiro. E os balneários não constituem excepção à regra. A fim de se conseguir uma cobertura total das despesas previstas, mais de vinte contos, foram enviadas cartas às direcções da União Progressiva da Freguesia do Colmeal - que já respondeu com a valiosa oferta de 3.000$00, das Comissões de Melhoramentos de Ádela e Soito, da Liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais, da União e Progresso do Carvalhal e Comissão de Melhoramentos de Malhada e Casais, no sentido de estas mesmas colectividades contribuírem com uma oferta e tentarem além disso a cotização individual entre os seus sócios. Também a subscrição pública, já em marcha, rendeu alguma coisa. ... e seguia-se a lista de donativos que totalizava 8.970$00. Porque têm surgido algumas dúvidas quanto à utilização dos balneários por parte de pessoas vindas de fora do Colmeal, das aldeias da freguesia, ou mesmo doutras freguesias, esclarece-se que durante os meses de Verão as portas estarão sempre abertas, à disposição de quem queira utilizar-se dos vestíbulos. Os trabalhos prosseguem e ficarão prontos em breve. Envie portanto a sua oferta, quanto antes, e não esteja à espera que lhe batam à porta. No Verão ao servir-se dos balneários poderá dizer com verdade: «também aqui tenho alguma coisa de meu, pouco ou muito, conforme as minhas posses». Mas, se apesar de tudo não quiser contribuir com a sua oferta para este melhoramento, nem por isso encontrará as portas fechadas e poderá utilizar-se dos balneários, com todo o à-vontade, para tomar o seu banho. Vamos, todos unidos, pagar a obra-comum de toda a freguesia." In Boletim "O Colmeal", Nº 111, de Maio de 1971 Foto de Artur da Fonte

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