27 fevereiro 2009

As nossas aldeias, os nossos casais

Carvalhal
Foto cedida pela JFC

Primavera

Os primeiros sinais estão aí. Pequenas folhas começam a emergir dos ramos ressequidos e enregelados do frio de Inverno. Flores de cores apelativas aquecem-se ao Sol e enchem de colorido o espaço à nossa volta. Mas a Primavera... é só daqui a um mês.
Fotos de A. Domingos Santos

Recordando uma ida ao Colmeal

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Já lá vão 40 anos. Era eu uma criança e fiz um longo percurso a pé. E carregado. O Colmeal terá sido até então a maior distância a que me havia deslocado a partir do meu «reduto» natal. E para quem foi já até ao fim do mundo, não pode deixar de sentir uma certa curiosidade em recordar a sua primeira aventura, para além daquela linha de montanhas que limitava o horizonte geográfico do seu mundo de criança. Recordo, não apenas por curiosidade, mas também com aquela saudade que se liga a tudo que nos fala da juventude, o longo e penoso caminho que percorri com a minha mãe e o meu irmão, naquela «importante viagem de negócios», em que ainda se usava o processo da troca directa, sem necessidade de dinheiro. Sei que havia frio de rachar, como é sempre natural em Janeiro. Estávamos a 20, e no Colmeal era dia de festa, em honra de S. Sebastião, com distribuição do «Bodo» tradicional. À tarde, no largo da povoação, a festa animou, com um grande baile. E creio que não faltou uma cenazita de ciúmes, ou ajuste de contas – sempre tradicionais nas nossas romarias beiroas.
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Lá no meio das serras, no limite em que se tocam os concelhos de Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra, o Colmeal era uma terra distante e isolada. Não havia automóvel que lá chegasse, nem melhoramentos públicos, mesmo os essenciais à vida das nossas aldeias serranas, por lá eram conhecidos. O Colmeal, como tantas outras localidades da nossa Beira, vivia na santa paz do isolamento e da ignorância dos séculos que passavam sobre elas. E nem faltará quem afirme que eram mais felizes assim… Mas a vida não pára e o mundo não pode adormecer. As aldeias serranas, como parte integrante da Nação que se quer moderna e progressiva, têm que partilhar igualitariamente dos proventos e direitos de toda a comunidade. Mas quem as arrancou à letargia? Quem disse que têm direitos e que querem viver dignamente?
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Quando eu, ainda criança, me aventurei por terras do Colmeal, subindo pela Ribeira de Celavisa, serra fora até ao Sobral, já os colmealenses residentes em Lisboa haviam fundado uma colectividade regionalista, com o fim de unir esforços que melhor permitissem tomar uma acção conjunta de defesa, não apenas do Colmeal mas também das restantes localidades da freguesia. As possibilidades seriam poucas, mas as necessidades eram muitas. Daí, que fosse difícil levar em pouco tempo a cada aldeia um pouco do muito que elas necessitavam. Mas a bandeira ia-se agitando e o movimento ia tomando força. Outras colectividades surgiram, todas da mesma raiz e eivadas dos mesmos propósitos para fazerem da freguesia do Colmeal um exemplo muito digno no movimento regionalista da Comarca de Arganil. Força de vontade para isso não faltava. Para além do que fazem directamente, as colectividades pedem, lembram, protestam, exigem, com todo o direito que lhes assiste. Hoje, à distância de 50 anos, a obra conseguida é motivo de orgulho – de agradecimento que a nação ainda não fez, nem ao menos reconhecendo sem grandes complicações burocráticas essas colectividades como instituições de utilidade pública. Para o isolamento em que viviam, no meio da serra agreste, a estrada, o telefone, a assistência na saúde e na velhice, eram naturalmente ambições muito legítimas porque então se lutava. Hoje, ao fim de meio século, ainda nem tudo está inteiramente solucionado. Como o não estará nunca. Mas tem-se feito muito. E não se pode parar. Jovens colmealenses que se fizeram velhos e viviam a sua acção continuada por outros jovens, transmitindo de geração em geração o mesmo ideal, têm-se empenhado a fundo em dar vida e continuidade à sua União Progressiva. Que saibam continuar a transmitir aos seus sucessores essa mesma vontade e determinação, para que o movimento regionalista dos colmealenses continue a ser digno dessa generosa e respeitável plêiade de homens, naturalmente modestos e rudes, que lhes legaram tão nobres exemplos.
ANTÓNIO LOPES MACHADO (Redactor de A COMARCA DE ARGANIL)
in Boletim “O Colmeal”, Nº 175, de Julho/Agosto de 1981 Mais de um quarto de século entretanto passou sobre esta “crónica” de António Lopes Machado e como ele escrevia “ainda nem tudo está inteiramente solucionado”. A. Domingos Santos

Góis

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(clicar na imagem para ampliar)
Assim era descrita a nossa sede de concelho, em 1961, na "Guia Turística Alfabética de Portugal".

Recantos de Lisboa

Quem não conhece as Escadinhas de Santo Estêvão em Alfama? Ou uma das suas muitas vielas? Local privilegiado de poiso e acolhimento para muitos dos nossos conterrâneos dos concelhos de Pampilhosa da Serra, Arganil e também de Góis, quando nas primeiras décadas do século passado debandavam das suas aldeias à procura de vidas melhores. E na Mouraria, nas suas ruelas estreitinhas, no Capelão, na João do Outeiro, onde em tempos tanto se falou de regionalismo e hoje mora a tristeza. Num dos domingos de primavera, o chão deste bairro lisboeta cobre-se de um tapete de rosmaninho e alecrim, por onde passa uma imagem de Nossa Senhora, vestida e coroada de rainha.
"Há festa na Mouraria, É dia da procissão da Senhora da Saúde; Até a Rosa Maria, Da rua do Capelão, parece que tem virtude."
Fotos de "Lisboa e os seus encantos", CML, 1959

23 fevereiro 2009

As nossas aldeias, os nossos casais

Malhada
Foto cedida pela JFC

Imprensa regional

Ainda muito recentemente, a nossa imprensa regional deu grande relevo à freguesia do Colmeal. Por ocasião dos 80 anos do regionalismo no concelho de Góis que se estão a comemorar, a imprensa de Góis e de Arganil deslocou-se á casa concelhia em Lisboa, para dar uma "cobertura viva" do Dia da Freguesia do Colmeal. Foi muito gratificante para todos ver o trabalho que vieram efectuar e o destaque com que o trataram nas suas páginas. Já o vinham fazendo antes, divulgando notícias sobre as nossas colectividades e sobre o passado/presente de cada uma delas. Todos temos consciência das dificuldades com que a nossa imprensa regional se depara no seu dia a dia. Conter despesas e proceder à modernização dos meios de trabalho nem sempre é compatível. O sucessivo aumento dos custos de envio dos exemplares que ansiosamente aguardamos em nossas casas vai asfixiando a gestão de tesouraria em cada semana que passa. Manter o preço da assinatura para conter alguma "fuga" de assinantes é um autêntico exercício de equilíbrio. A publicidade vai ajudando, mas vai como que minguando quando comparada com o aumento dos custos. A longevidade de "A Comarca de Arganil" não tem sido fácil. Tendo iniciado há pouco os seus 109 anos de vida, enfrentou ao longo dos tempos períodos de certa dificuldade, como os que a levaram ainda não há muitos meses a reduzir a sua periodicidade para semanal. O "Jornal de Arganil", ligeiramente mais novo mas já com oitenta e dois anos feitos, infelizmente não escapa à regra, e sofre as mesmas agruras e dores de cabeça para conseguir manter o barco a navegar. "O Varzeense" é um Quinzenário Católico e Regionalista, apenas com quarenta e seis anos de vida e com um estatuto ligeiramente diferente dos anteriores, por ser de propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Vila Nova do Ceira. Todos nós temos consciência do importante papel que a imprensa regional tem desempenhado ao longo dos anos. Todos nós nos habituámos a procurar nas suas páginas, desde que nos conhecemos, aquela notícia sobre a nossa aldeia ou sobre um relato do que a colectividade vai fazendo. Todos nós reconhecemos na imprensa regional o "arauto" que sempre foi da voz incómoda dos nossos regionalistas que pugnavam pelo desenvolvimento para as suas terras. Se gostamos da nossa imprensa regional, se precisamos dela, se queremos que ela continue a desempenhar o seu papel, tal como até aqui, só temos uma coisa a fazer. AJUDAR! Os amigos são para as ocasiões, como diz o velho ditado. Só temos que sensibilizar os nossos amigos e conterrâneos para que publicitem as suas empresas na nossa imprensa e para que assinem os nossos jornais. O pequeno contributo de um anúncio ou de mais uma assinatura poderá fazer a diferença, na vida cada vez mais difícil, da nossa imprensa regional. Sabemos que o povo beirão, onde quer que se encontre, nunca deixa de ser solidário com o seu semelhante. Sabemos e acreditamos que vai querer que se mantenha o "diálogo" que há tantos anos temos com a nossa imprensa. As nossas colectividades podem e devem ter um papel de grande divulgação desta situação, que é preocupante, junto dos seus associados. Não nos podemos esquecer que quando as colectividades precisaram ou precisam, a imprensa regional disse ou diz sempre, PRESENTE! Todos nós temos que dizer também PRESENTE! UPFC

Os nossos produtores e artesãos

É com muito gosto que iniciamos neste espaço, a divulgação dos nossos produtores e artesãos. O nosso blogue está e estará sempre disponível para a publicitação do que de melhor se faz e produz na nossa freguesia. Faça-nos chegar um cartão, um folheto ou um simples rótulo e nós o colocaremos no blogue para conhecimento dos nossos conterrâneos e de todos os que nos visitarem. Terão sempre o nosso incondicional apoio. UPFC

Isolamento

Era esta a "Rede Geral das Estradas Portuguesas (para uso dos automobilistas) inserta na "Guia Turística Alfabética de Portugal Continental", da autoria de Arnaldo Pinto, edição de 1961. Como se pode ver e a mancha branca é esclarecedora, as nossas aldeias estavam isoladas, sem estradas de ligação aos centros mais próximos. Pode ficar a saber mais consultando esta obra na Biblioteca da União, no Colmeal.

19 fevereiro 2009

As nossas aldeias, os nossos casais

Sobral

Foto cedida pela JFC

Gerações Regionalistas

"Gerações regionalistas" foi um dos temas incluídos na programação do Dia da Freguesia do Colmeal, realizado em Lisboa em 31 de Janeiro passado. Um dos participantes, António Duarte, da Comissão de Melhoramentos do Soito, apresentou a sua "visão" que suscitou bastante interesse entre a assistência e que aqui reproduzimos.
(clicar nas imagens para ampliar)
António Duarte

Rancho Serra do Ceira (3)

Video de aldeiavelhense

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16 fevereiro 2009

As nossas aldeias, os nossos casais

Açor
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Figuras e Factos ( 2 )

Abel dos Santos “ Esta secção surgida em Outubro de 1964, mas já existente antes, embora sem título definitivo, manteve-se até determinada altura com alguma regularidade focando «figuras» que, de algum modo, individual ou colectivamente, directa ou indirectamente, deram o sei contributo, ou estiveram na origem de determinados «factos» de que hoje beneficiam as nossas aldeias e as suas populações. Por aqui passaram os mais variados nomes, a maioria dos quais ligados ao Regionalismo, em cujo movimento se destacaram pelo seu dinamismo, devoção e interesse na solução de problemas comuns. Todavia, para quem conhece os bastidores e os meandros das agremiações regionalistas, não desconhece que aqueles que mais sobressaem não são unicamente pelo seu valor e dedicação a uma causa. O percurso regionalista de várias dessas personalidades de primeiro plano ficou-se devendo, em muitos casos, porque tiveram por colaboradores, em cargos directivos de menor responsabilidade, homens de menor cultura, menor poder de palavra – caso do improviso – mas muito mais conhecedores dos problemas das nossas terras e das nossa gentes. Mais conhecedores porque aqui nasceram, aqui andaram descalços na sua adolescência e juventude ao mato, à lenha, a cavar, a semear, a guardar o gado ou, em face das dificuldades do agregado familiar, mal frequentaram a escola porque tiveram de ir servir para ser menos uma boca a comer e um corpo a vestir. Isso não significava menos amor maternal. Era a lei da sobrevivência por um lado e da exploração pelo outro. Esses sacrificados homens que nem meninos foram, não escondem nem renegam o seu passado, aliás digno, antes o divulgam e contam, embora posteriormente tenham vencido na vida, tenham conseguido alguma cultura. A eles ficaram muitos dirigentes a dever a sua posição de destaque porque seguiram os alvitres, as sugestões desses homens humildes mas extraordinariamente válidos. Um presidente da direcção necessita desses regionalistas, tal como o arquitecto precisa do engenheiro para lhe fazer os cálculos do empreendimento e, depois, do empreiteiro, dos serventes, dos pedreiros, carpinteiros, etc., para executar a obra. Igualmente o mesmo se passa no futebol: são indispensáveis os tecnicistas mas estes sem os «duros», os que fazem uso da cabeça, dos pés e de todas as habilidades, não iam longe. No Regionalismo é a mesma coisa. São precisos os «tecnicistas», os «serventes» e aqueles que dão tudo por tudo. Como já se devem ter apercebido, nós estamos a pretender referir-nos ao Abel dos Santos, nascido no Soito. Abel dos Santos é um regionalista da velha guarda, um dos continuadores do regionalismo da freguesia, dos que dão tudo, mas sempre modesto, sempre despercebido, sempre útil e disposto a servir uma causa e uma comunidade que é a nossa. No 50º aniversário da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, que ele sempre serviu zelosamente, parece-nos lógica e justa esta referência embora simples.
DANIEL”
in Boletim “O Colmeal”, Nº 175 de Julho/Agosto de 1981 No ano em que assinalamos o centenário do nascimento deste Regionalista (1909-1989) parece-nos ser de toda a justiça recordá-lo aqui neste espaço. Abel dos Santos, como se realça no texto, teve uma intervenção modesta ao longo dos anos, não deixando nunca de acompanhar as situações e de dar o seu contributo, o seu parecer, o seu conselho, no sentido de um consenso que a todos beneficiasse. O seu nome aparece pela primeira vez em 1941, quando em 21 de Dezembro é eleito como Secretário para o Conselho Fiscal. António Nunes dos Reis liderava a Direcção e a Assembleia-Geral era presidida por Joaquim Francisco Neves. Na Assembleia-Geral realizada em 20 de Dezembro de 1942 propõe a constituição de uma Comissão, com um elemento de cada terra, para estudar o assunto “Beneficência”, que viria a ser aprovada em 30 de Janeiro de 1944. Ocupou vários cargos na Direcção e no Conselho Fiscal, onde “terminou” a sua carreira trinta e cinco anos depois, presidindo a este Órgão, no período de 21 de Julho de 1976 a 2 de Abril de 1977. UPFC

Receitas da Freguesia do Colmeal

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Broa com Sardinhas
- 1 kg. de farinha - 0,50 l. de água - Sal q.b. - 50 gr. de fermento de padeiro ou crescente - 500 gr. de sardinhas (petingas) Misture a farinha com a água e um pouco de sal. Mexa bem e adicione o fermento e envolva. Deixe a levedar cerca de 30 m. À parte amanhe as sardinhas (petingas) e corte-lhes a cabeça. Polvilhe uma almofia intermédia, com farinha e no fundo coloque uma camada da massa para a broa, posteriormente coloque por cima da massa estendida, as sardinhas encarreiradas e para finalizar tape-as com a restante massa, formando a broa. Quando a broa estiver preparada, balance a almofia, de modo a que a farinha utilizada para polvilhar a mesma, descaia para cima da broa. Por fim, coloque num forno a lenha e deixe cozer a broa, durante cerca de 45 minutos. A receita apresentada, (Broa com sardinhas) foi disponibilizada por Maria do Céu Nunes Gonçalves, residente em Colmeal.
Broa com cebola e Bacalhau
- 750 gr. de farinha - 0,50 l. de água quente - 50 gr. de fermento de padeiro ou crescente - Sal q.b - 2 postas de bacalhau - 2 cebolas grandes - 3 dl. de Azeite Misture a farinha com a água e um pouco de sal. Mexa bem, adicione o fermento e envolva. Deixe a levedar cerca de 30 m. À parte, corte a cebola e o bacalhau em bocados bem pequenos para um recipiente e acrescente o azeite, mexendo sempre. Polvilhe a almofia com farinha. Ao fim de a massa da broa estar levedada, coloque-a numa bacia e acrescente-lhe o preparado anterior, da cebola e do bacalhau, misturando bem. Quando a broa com cebola e bacalhau estiver preparada, balance a almofia, de modo a que a farinha utilizada para polvilhar a mesma, descaia para cima da broa. Por fim, coloque a broa num forno a lenha bem quente e deixe cozer durante uma hora. A receita apresentada (broa com cebola e bacalhau) foi disponibilizada por Lucinda de Jesus, residente na Malhada.

Colmeal - História e curiosidades (6)

Continuando a percorrer o interessante trabalho de pesquisa que o Movimento Cidadãos por Góis efectuou, ficamos a saber que: Em 1886, 20 de Março – Em sessão de Câmara, foram apresentados estudos das estradas Góis-Cadafaz-Colmeal e Alvares-Portela do Vento Em 1889, arrancam as obras da estrada de Vale do Ceira, para ligar Góis ao Colmeal, construindo-se algumas centenas de metros. No ano de 1892, foi adquirida a imagem do Senhor dos Passos (Senhor da Amargura, para os colmealenses), para a nova igreja reconstruía nas Seladas (ver ano 1876). 1900 - O censo nacional realizado este ano indica que a população residente do concelho de Góis é de 11 891 pessoas. Por freguesias: Alvares - 4 214, Cadafaz - 1 109, Colmeal - 1 541, Góis - 3 530 e Várzea de Góis - 1 497. Em 1915, 27 de Fevereiro – De acordo com carta do Bispo de Coimbra, é exonerado nesta data o padre António Marcelino Henriques dos Santos, que vinha paroquiando a freguesia de Cadafaz desde Janeiro de 1907. Esta freguesia passa a ser paroquiada pelo padre do Colmeal. UPFC

11 fevereiro 2009

As nossas aldeias, os nossos casais

Vale de Asna
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Vale do Ceira – Aqui Colmeal

Um desportista colmealense «Boxe: desporto de combate em que dois adversários se atacam a soco, usando luvas especiais». (dos Dicionários). Logicamente uns conterrâneos vão afirmar tratar-se de modalidade com pouca implantação no nosso país, outros pensar ou dizer existirem coisas mais importantes para preencher esta secção. Talvez todos os possíveis críticos tenham razão… No entanto, como articulista, temos a nossa opinião. E, por isso mesmo, resolvemos hoje falar dum desportista, dum jogador de boxe, nascido na nossa aldeia. Certamente, todos se recordarão dessa prole de filhos do Carlos da “Eira” e da falecida Hermínia de Jesus. Mas, com certeza nem todos os conterrâneos conhecem uma das facetas de um desses excelentes moços. Estamos a falar do Mário, de seu nome Mário de Jesus Martins, nascido no Colmeal em 22 de Janeiro de 1959 que, ainda miúdo foi com os progenitores de abalada para a capital onde, prematuramente, havia de ficar órfão de mãe. Habitando em pleno Bairro Alto, um dos mais castiços bairros citadinos, começou como se compreenderá, a frequentar o clube local, o Lisboa Clube Rio de Janeiro, e sentindo-se vocacionado para a nobre arte, iniciou-se aos 17 anos na prática do boxe. E, assim foi despontando um campeão. Sempre em representação do Lisboa Clube Rio de Janeiro, efectuou uns 60 combates, tendo averbado umas 45 vitórias, integrado na categoria de Meio-Médio-Ligeiro e Meio-Médio. O Mário de Jesus, que segundo alguns entendidos podia ter ido longe na modalidade que abraçou, mas noutro qualquer país, conquistou um título nacional e quatro títulos regionais. De permeio foi finalista regional mais três vezes, saindo derrotado. Internacionalmente efectuou três combates, dois pela Selecção nacional e um pela Selecção do Porto, contra atletas do México, Venezuela e República Democrática Alemã. Igualmente, representou por três vezes a Selecção de Lisboa e esteve pré-seleccionado por quatro vezes a nível nacional. Casado e ainda bastante jovem, aos 25 anos abandonou a prática desportiva, a nível oficial, sendo actualmente proprietário de um ginásio onde se pratica boxe, culturismo e aeróbica, situado na Cruz de Pau (Seixal). Gostosamente, mesmo com algum orgulho (porque não o dizer), aqui deixamos esta resumida biografia dum moço que correu o mundo, foi premiado como o melhor aluno de educação física, quando serviu na Marinha, e, entre os nascidos na nossa terra, foi o único colmealense que, embora em modalidade considerada pobre, envergou a camisola das quinas, representou Portugal. E, representar o país, seja em que desporto for não é para todos: o Mário de Jesus e no seu tempo foi um dos eleitos, daí na nossa opinião justificar-se plenamente este apontamento.
FERNANDO COSTA
in “O Varzeense” de 15 de Julho de 1987 Do espólio de Fernando Costa

O concelho de Góis

(clicar nas imagens para ampliar)
Com este título foi publicada em Novembro de 1970, uma revista, número único, sobre o concelho de Góis. Já aqui lhe fizemos referência, transcrevendo o que à freguesia do Colmeal dizia respeito. Como se pode ler numa nota do autor, Raúl de Carvalho, "decidimos, por isso, dedicar um número da nossa revista à linda vila serrana. E, em boa hora, pois desde os primeiros momentos em que manifestámos tal propósito surgiram manifestações de simpatia e garantias de apoio." Para que fosse possível dar à freguesia do Colmeal o relevo que merecia, muitos dos seus filhos sediados em Lisboa e noutras terras, publicitaram os seus estabelecimentos e as suas empresas, ajudando assim a custear o número da revista. Aqui os recordamos hoje, quase quatro décadas depois. Colaboração de Rui Fernandes

08 fevereiro 2009

Dia da freguesia do Colmeal

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Foi há uma semana e ainda não se calaram os ecos que nos continuam a chegar das mais diversas formas. Estamos todos de parabéns: as colectividades envolvidas que demonstraram como é possível trabalhar em conjunto, a Junta de Freguesia que desde a primeira hora se disponibilizou para assegurar o transporte desde a sede de freguesia e todos aqueles, que muitos foram, a comparecer na Casa do Concelho de Góis, pequena demais para receber tantos Colmealenses. Dois autocarros vieram da sede da freguesia. Foi um dia memorável que nunca mais ninguém vai esquecer. José Dias Santos, presidente da casa concelhia, nunca tinha visto a “sua casa” tão cheia. Mesmo a transbordar. Salão, salas de entrada, corredor, piso inferior, escadas de acesso e também na rua os Colmealenses acotovelavam-se para conseguir um lugar. Era de todo impossível. Desde muito cedo que o salão ficou repleto. Nas salinhas da entrada e também no piso inferior os artesãos expunham os seus produtos e os seus trabalhos. Quadros, tapetes, casas em xisto, mel, aguardente, medronho, queijo, broa, filhós, castanha pilada, vinagre de mel, medronho com mel, bijutarias, rendas, artigos em lã, etc., foram objecto de grande procura, sendo que muitos destes produtos esgotaram. O salão principal estava completamente transfigurado. As habituais fotografias foram retiradas para dar lugar à exposição de quadros de Fernando Costa, gravuras de Ilda Reis, ponto de cruz em quadrilé de Silvéria Dias, azulejos e pinturas de Paula Ramos e Diana Ramos. Uma colecção de fotografias com paisagens das várias aldeias e casais “forrava” parte das paredes. Também Josefina de Almeida esteve representada com cinco obras suas, na sala de entrada. Uma espectacular construção em xisto, com iluminação, de Mário Mendes Domingos, esteve patente ao público durante todo o encontro. Aberta a sessão, o Sr. Dr. Luís Martins, presidente do Conselho Regional da Casa do Concelho de Góis, depois de agradecer a presença de todos naquela realização solicitou um minuto de silêncio em memória do sócio número um da Casa Concelhia, Sr. Graciano Marques. Sentia-se orgulhoso por ver a casa cheia. Isso queria dizer que “quando se chama pelo regionalismo ele ainda está presente”. Não deixou de manifestar a sua preocupação pela dificuldade que se sente em cativar a juventude. Expressou a sua felicidade por ver como as comissões de melhoramentos da freguesia do Colmeal trabalharam em conjunto e por tornarem possível a grandiosidade deste “Dia da Freguesia”. José Dias Santos, presidente da Casa do Concelho de Góis, depois de cumprimentar a mesa e todos os presentes, e muito em especial os que se deslocaram da freguesia, referiu que a Casa “é a parte que o concelho de Góis tem em Lisboa para receber todas as pessoas do concelho e que está sempre ao dispor de todos”. A Dr.ª Lourdes Castanheira, representante da ADIBER, referiu-se às vicissitudes da freguesia do Colmeal, ligada ao mundo rural e com um défice populacional. Falou do envelhecimento dos seus residentes e da desertificação. “Também tem, apesar de tudo, algumas potencialidades. Recursos naturais onde se destaca a energia eólica, uma mais valia para a freguesia”. Falou ainda do novo programa comunitário que veio substituir o LIDER+ e que estará à disposição de todas as colectividades e instituições. Terminou felicitando o ressurgimento do Rancho Serra do Ceira. Henrique Braz Mendes, presidente da Junta de Freguesia do Colmeal, sentia-se orgulhoso de ver a casa cheia. Agradeceu “o empenho que tiveram todas as colectividades da freguesia na realização deste encontro da gente do Colmeal”, e realçou ainda “a força e união da colectividade da União Progressiva da Freguesia do Colmeal”. Dr.ª Lisete de Matos, presidente da Assembleia de Freguesia do Colmeal, cumprimentou a todos e as restantes freguesias do concelho e saudou ainda os concelhos que se “irmanam com o concelho de Góis na problemática do regionalismo, porque tiveram os mesmos problemas e a mesma experiência”. Demonstrando muito apreço pela iniciativa, salientou e enalteceu o esforço do voluntariado colocado ao dispor do regionalismo, terminando com os seus “parabéns aos promotores”. Helena Moniz, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, após transmitir os cumprimentos do edil, ausente por compromissos já assumidos anteriormente, falou sobre regionalismo não esquecendo “as pessoas que em tempos multiplicaram esforços para que os povos pudessem usufruir das infra-estruturas básicas para a melhoria da sua qualidade de vida”. Continuou, alertando para que “neste princípio de século chegou o momento de olharmos em frente e planearmos o futuro. As dificuldades são outras e revelam um cariz sócio cultural diferente”. Realçou o trabalho da União Progressiva da Freguesia do Colmeal que “tem desenvolvido interessantes e inovadoras actividades de promoção turística, social e cultural”, reafirmando que “interessa que o nosso território defenda a sua identidade, a sua especificidade e preserve as suas memórias, vivências e tradições reavivando a sua memória colectiva”. José António Pereira de Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis, relembrou os tempos idos do PREC em que a população da freguesia do Colmeal se opôs à retirada das placas toponímicas existentes e que faziam referência a eventos ou a personalidades ligadas ao anterior regime. Em seu entender “povo que não regista a sua história não tem nada para transmitir às gerações futuras”. “Muito se fez graças à intervenção das «Comissões» que, com sede estabelecida nesta Casa do Concelho de Góis, levou ao aparecimento de grandes figuras do Regionalismo, razão pela qual considero estas Instituições como fundamentais no desenvolvimento e progresso das suas terras”. António Domingos Santos, presidente da Direcção da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, em nome de todas as colectividades da freguesia, cumprimentou os elementos da mesa e dirigiu-se a todos quantos enchiam a sala. Uma palavra especial para a imprensa regional que tem tido um papel muito importante como “voz” dos regionalistas e das suas aspirações ao longo de décadas. Recordou o convite feito pelo Conselho Regional e o desafio a que se propusera no sentido de ter todas as colectividades da freguesia a seu lado, o que conseguira. Foi um trabalho de equipa, feito com alegria e entusiasmo, que culminou com esta enchente de conterrâneos e amigos, alguns dos quais das restantes freguesias e dos concelhos vizinhos de Arganil e Pampilhosa da Serra. Referindo-se ao programa proposto para este “Dia da Freguesia do Colmeal” realçou o papel importante dos artesãos que tinham vindo das várias aldeias e casais com os seus produtos tão genuínos. Solicitou aos presentes para que aproveitassem a oportunidade para os adquirir, pois seria um incentivo para quem os produziu. Recordou Fernando Costa e Ilda Reis, dois artistas colmealenses desaparecidos mas ali presentes com obras suas, que já estiveram expostas nos quatro cantos do mundo. Não querendo e “evitando repetir temas” que seriam tratados no decorrer da programação, foi transmitindo a sua satisfação pelo trabalho de grupo, não deixando de recordar e sugerir uma visita demorada e atenta às exposições patentes no andar inferior – fotografias dos mais belos recantos das nossas aldeias, recortes da imprensa regional, fotografias e documentação antiga das colectividades. Depois de aludir às próximas intervenções e da apresentação do livro “Memorial” da União, deu grande enfoque ao reaparecimento do Rancho Serra do Ceira, que parece estar de novo no bom caminho e na senda de novos êxitos. Henrique Mendes, António Duarte e Miguel Mendes, três épocas, três visões diferentes de regionalismo, captaram em seguida a atenção dos presentes. Recordados os tempos difíceis que os primeiros regionalistas encontraram, os muitos entraves com que passo a passo se iam deparando para conseguirem as estradas, a água, a electricidade, escolas, o posto médico, o telefone, o saneamento básico, etc. O entusiasmo, o empenho, a falta de meios e de dinheiro, que sempre se ultrapassava com a vontade férrea que caracterizava os nossos regionalistas, foram postos em relevo. Uma nova visão tendo em atenção as oportunidades e as ameaças que se colocam nos tempos actuais, numa tentativa de combater a desertificação que se vem sentindo nas nossas aldeias. É imperativo dar vida às nossas aldeias, atrair novos investidores e manter uma constante pressão junto das entidades locais. Realçado o papel importante que se viveu para a concretização deste “Dia”, reunindo as colectividades e fazendo um trabalho conjunto, que se espera venha a ser o início de um novo período no regionalismo da freguesia do Colmeal e no concelho de Góis. António Domingos Santos fez seguidamente a apresentação do “Memorial” da União Progressiva da Freguesia do Colmeal. Tal como o título indica, neste livro recordam-se todos os que ao longo da vida da colectividade passaram pelos seus corpos sociais. Não é a história da União. Talvez um dia se reúnam as páginas dispersas dos seus setenta e cinco anos e se faça o seu “Historial”. Será tudo uma questão de tempo e de oportunidade. Tendo convidado para a mesa homens e mulheres que fazem parte da vida da União como Horácio Nunes dos Reis, José Nunes de Almeida, Manuela Costa ou Antonieta Fontes, a primeira mulher a ser eleita para um cargo na colectividade, António Santos agradeceu a Lisete de Matos e à Gráfica que produziu o livro, toda a colaboração prestada para o que o “Memorial” ali pudesse ser apresentado. Como diz Lisete de Matos na nota de abertura “Setenta e cinco anos volvidos sobre a data da sua constituição, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal está de parabéns por preservar no esforço de bem-estar e convívio, cultura e reforço da identidade. Também pela homenagem que presta aos seus antecessores, segura das exigências do presente e de que não há futuro sem memória do passado”. Este “Memorial”, livro da responsabilidade da Direcção da UPFC “é uma homenagem simples como simples foram também aqueles que pensaram e criaram a União”, que, é considerada como “um alfobre e uma escola de regionalistas. Um exemplo que era seguido atentamente pelas outras colectividades”. Já com a voz embargada pela comoção, pediu uma forte salva de palmas “para todos quantos figuram no “Memorial” a quem prestamos o nosso profundo agradecimento e a nossa homenagem”. Com “Viajando pela Freguesia” todos tiveram oportunidade de ouvir textos alusivos a cada uma das aldeias e seus casais e ver fotografias lindíssimas dos recantos que nem todos conhecemos. Foi um período bastante interessante para intervalar um pouco a série de intervenções. Trabalho desenvolvido por cada uma das comissões e que servirá como roteiro futuro para mostrar o que de melhor e mais bonito temos para apresentar a quem nos visita. Lisete de Matos, autora de vários livros e de artigos na imprensa regional, apresentou o tema seguinte “Regionalismo e o Futuro”. Referiu-se às “migrações como uma das componentes estruturais da nossa sociedade e como sendo uma resposta às difíceis condições de sobrevivência nas regiões rurais”. O êxodo que se verifica em toda a freguesia e na região, o que provoca o começo da desertificação que hoje se sente – “a população parte à procura de melhores condições de vida…, partem os homens que vão chamando os que ficaram”. Mas verifica-se sempre uma “ligação dos protagonistas às origens… e o valor que atribuem à terra-solo, o Regionalismo, enquanto movimento associativo específico dos migrantes da zona, e singular nos seus objectivos”. Um poema “Ser Regionalista”, muito bem elaborado e enquadrado no tema, de autoria de Fernando Tavares Marques, e lido por Lucília Silva e Nuno Santos, preencheu o espaço seguinte. Percebia-se algum nervosismo entre os elementos do Rancho Serra do Ceira que se preparavam para a sua primeira apresentação em público após algum tempo de paragem. Criado pelo padre Manuel Pinto Caetano, o Serra do Ceira foi “deslizando” pela freguesia do Cadafaz até se fixar no Esporão onde se foi mantendo até à imobilidade. Com pessoas interessadas e entusiasmadas na freguesia do Colmeal, jovens e menos jovens estão disponíveis para que o Rancho seja de novo uma realidade. Trabalha-se afincadamente para que voltem a viver-se momentos de felicidade e de sucesso que muitos de nós recordamos com saudade. A sala foi generosa nos aplausos com que os recebeu e numa primeira ajuda para a compra de fatos e de algum equipamento. A solidariedade beirã mostrou mais uma vez do que é capaz. Seguiram-se os “Sons da Malhada” que, com as suas vozes e o seu instrumental, alegraram todos quantos mantinham a sala repleta e que já os esperavam ansiosamente. Depois, a sala transfigurou-se novamente, agora para o jantar volante que foi servido a cerca de trezentos convidados. A finalizar, o baile serrano. Para o Colmeal partiam entretanto todos aqueles que partilharam o “Dia da Freguesia” com os que habitualmente moram na área da Grande Lisboa. Uma palavra de agradecimento para todos quantos colaboraram nesta realização, com relevo para a equipa que tomou conta da cozinha. Uma palavra muito especial para a grande ajuda que nos deram os nossos amigos e conterrâneos da “Mimosa”, “Guardanapo” e “Chopinho” e também um obrigado grande para a gerência da Seriposter pelos meios que nos disponibilizou. Um dia memorável. Graças ao empenho das Comissões de Melhoramentos do Soito, de Ádela e de Malhada e Casais, da Associação Amigos do Açor, da Liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais, do Grupo de Amigos do Sobral, Saião e Salgado, da União e Progresso do Carvalhal e da União Progressiva da Freguesia do Colmeal. A união foi possível! UPFC

Rancho Serra do Ceira (2)

Video de aldeiavelhense

Rio colorido

Alegria e cor no rio, junto à Ponte. Águas serenas e límpidas, que devemos preservar. Foto de Artur da Fonte

Receitas...

Maria do Céu Nunes já colaborou neste blogue fornecendo uma receita daquelas de criar água na boca e de chorar por mais. Não vamos explicar como se barra a forma ou se... porque, melhor que mil palavras, é ver a fotografia. E ficamos à espera de mais receitas, daquelas que não se podem perder. Foto cedida por Maria do Céu Nunes

04 fevereiro 2009

20 anos depois...

"No dia 4 de Fevereiro, no Santuário do Senhor da Amargura, realizou-se o enlace matrimonial do Sr. Mário Alves Longuinho, filho do Sr. António Longuinho e da Sr.ª D. Maria Albertina Alves Longuinho, da povoação da Cabreira (Góis), com a menina Anabela de Almeida Domingos, filha de António Domingos (já falecido) e da Sr.ª D. Maria Luísa, do Loural e freguesia do Colmeal. Apadrinharam o acto: pela noiva, a Sr.ª Dr.ª Aurora Henriques Brás e o Sr. Dr. Álvaro Brás; pelo noivo, o Sr. José Manuel Alves Longuinho e sua esposa, Sr.ª D. Maria Helena Alves Neves. Após a cerimónia, noivos e convidados seguiram em cortejo para a Cabreira, terra do noivo, onde lhes foi servido um banquete no Centro de Convívio, durante o qual se brindou pelas felicidades dos noivos." in "O Varzeense", de 15 de Fevereiro de 1989 Parabéns aos "noivos".

Foi há vinte e cinco...

Não temos recorte de jornal para nos apoiar neste apontamento mas temos uma fotografia tirada num dos locais mais belos da freguesia do Colmeal - a Cortada. Conseguimos reconhecê-los facilmente porque também não são ainda tantos os anos entretanto passados. E porque estariam assim tão agarradinhos? Com medo de cair? Não saberiam nadar? Estaria frio?... A Bela e o Álvaro estavam felizes e continuam felizes vinte e cinco anos depois deste dia, 4 de Fevereiro de 1984, que hoje aqui recordamos. Para eles a nossa amizade e os nossos parabéns. Foto cedida por A. Domingos Santos

Rancho Serra do Ceira (1)

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03 fevereiro 2009

Dia da Freguesia do Colmeal

A azáfama intensificou-se nos dias anteriores e uma apreciável equipa de voluntários tomou conta da Casa do Concelho. Retirar quadros e colocar quadros. Preparar painéis com fotografias, recortes da imprensa regional e documentos antigos. Arrumar a sala e testar equipamentos. Optimizar o espaço para a Mostra/Venda de artesanato e produtos locais. Começar a tratar da logística para o jantar volante. Tudo se foi fazendo com boa disposição e alegria.
Os dois autocarros vindos da freguesia "entopem o trânsito" na Rua de Santa Marta. As bandeiras juntas espelham a união que se desenvolveu para a concretização deste Dia da Freguesia do Colmeal. O artesanato e os recortes da imprensa regional atraem a atenção dos que vão entrando. A sala está bem composta. Mais não cabem.
O Presidente do Conselho Regional da Casa do Concelho de Góis iniciou a sessão. Seguiram-se as intervenções dos restantes elementos da mesa, tendo o Presidente da Colectividade convidada e a mais antiga da Freguesia do Colmeal, encerrado a primeira parte do programa. Depois de apresentadas três visões diferentes do regionalismo seguiu-se o lançamento do livro "Memorial" da UPFC.
Visitadas as nossas aldeias e casais, numa projecção com centenas de fotografias e textos alusivos, seguiram-se uma intervenção sobre o "Regionalismo e o Futuro" e a leitura de um poema. O Rancho Serra do Ceira mostrou já algum trabalho e recebeu o carinho e o aplauso dos presentes. Um jantar volante depois dos Sons da Malhada serviu para mais confraternização e descontracção. E mais tarde foi o adeus e o regresso a casa. UPFC