21 novembro 2008

Lendo… aos poucos (V)

VIDA A vida é a encruzilhada do saber; É um dia que nasce; É um dia que acaba por morrer! A vida é uma aventura! É um abismo De tristeza e sofrimento… É vulcão, catástrofe, e é cismo De um lutar por vencer! Por vezes sentimos que a vida Não é vida Mas a vida é sempre vida… E é por isso que a continuamos A viver! In “Fragmentos”, pág. 58, de Gisa de Almeida, Góis 2002 Segundo Carlos Castanheira prefacia “A frescura dos poemas de Gisa é assim como que a cereja no bolo da idílica paisagem goiense. É a andorinha feliz e descuidada, o sussurro das águas do Ceira, deslizando em bebedeiras de um lirismo garreteano e o lamento pela agressividade das pedras rudes.” A autora, a jovem autora (teria 17 ou 18 anos quando escreveu os poemas reunidos neste livro) conta-nos um pouco da sua história e revela-nos que “Cresci numa aldeia serrana do concelho de Góis, o Liboreiro, entre montes, animais, vento e liberdade. Nesses tempos não tinha amarras, podia correr livre todo o dia e à noite quando me deitava sabia que ia dormir descansada sem preocupações ou medos, é por isso que tenho uma saudade imensa dessa época e da menina que eu era e que, por força das circunstâncias, deixei de ser. … Aos dez anos escrevi a minha primeira quadra, era um trabalho de casa, mas eu gostei da experiência, resultou bem…” São setenta e cinco poemas reunidos num pequeno livro, de fácil leitura, que poderá encontrar na Biblioteca da União, no Colmeal. A. Domingos Santos

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