24 fevereiro 2008

Praia fluvial do pontão



O rio corre devagar acompanhando as voltas do seu traçado de séculos. Pouca água. A época estival cada vez mais longa. As chuvas vão rareando. Por vezes, quando aparecem como que zangadas ou um pouco desnorteadas, provocam alguns estragos.
O pontão. Tantas vezes atravessado. De cá para lá, de lá para cá. Que o digam os que vinham para a escola e que retornavam a casa para voltar no dia seguinte. Que o recordem todos aqueles que por ali passavam, com frio, com chuva, com vento, com neve ou apenas geada.
Lá vai o tempo em que as pessoas cuidavam dos seus bocaditos que agora estão "de relva" e se vêem na foto à direita. Apenas umas couvitas nos asseguram que ainda há quem vá passando por ali.
E a água vai correndo de mansinho, sem sobressaltos, no seu cantar melodioso. Local aprazível que certamente merecerá a atenção dos responsáveis locais e concelhios. Se queremos atrair pessoas às nossas aldeias teremos que lhes proporcionar locais, em que com pequenos investimentos, estes se tornem apelativos. A nossa região é riquíssima em recantos que cativam facilmente quem nos visita.
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Antigamente, quando não havia electricidade e a máquina de lavar era uma miragem, a roupa era lavada no rio. Água corrente, límpida, transparente, cristalina. Onde havia pequenos peixes que vinham dar turras nas pernas. Roupa batida nas pedras e corada ao Sol. Estendida pelas pedras e pela vegetação, como que expostas numa montra.
Numa fotografia de 1952, aqui recordamos Maria Alice Domingos e a mãe Maria José Henriques. No meio, Urbana Henriques. Felizes e contentes em ambiente saudável.

UPFC

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